Sol em alta resolução: Confira imagens inéditas e incríveis do ‘Astro Rei’
Imagens foram capturadas enquanto a sonda Solar Orbiter estava a menos de 74 milhões de quilômetros da nossa estrela.
Em uma impressionante façanha da ciência espacial, a sonda Solar Orbiter revelou novas e detalhadas imagens do Sol, trazendo avanços significativos na compreensão dos fenômenos solares.
Estas imagens foram capturadas enquanto a sonda estava a menos de 74 milhões de quilômetros da nossa estrela, permitindo observações sem precedentes da sua superfície visível, conhecida como fotosfera, bem como da coroa solar, sua camada externa.
As imagens mais recentes oferecem uma visão aprimorada destas regiões, graças às melhorias nos métodos de processamento de dados e às técnicas avançadas utilizadas para compor as fotografias.
Pela primeira vez, as imagens foram configuradas como um mosaico, unindo registros em alta definição de diferentes partes do Sol durante um período de mais de quatro horas.
Importância das novas imagens da Solar Orbiter
Estas imagens trazem um nível de detalhe sem precedentes para os estudos sobre o Sol, capturando o movimento do plasma e o comportamento dos campos magnéticos em regiões ativas, como as manchas solares.
O instrumento Imagemador Polarimétrico e Heliosismológico (PHI), a bordo da sonda, foi essencial neste estudo, fornecendo dados cruciais sobre a luz visível, a direção do campo magnético e os movimentos na superfície solar.
A observação da fotosfera revelou áreas conhecidas como manchas solares, identificadas como pontos escuros, marcados pela intensa atividade magnética.
Estas regiões são de particular interesse para os cientistas devido ao papel crucial que desempenham nas dinâmicas do campo magnético solar e em eventos como tempestades solares.
Imagens ajudam no estudo do campo magnético do Sol
Ao apresentar um magnetograma, as imagens da Solar Orbiter destacam precisamente como o campo magnético é distribuído pelo Sol. Este tipo de mapa foi produzido pelo mesmo instrumento em 22 de março de 2023, mostrando que o campo é mais concentrado em torno das manchas solares.
Essas linhas magnéticas indicam se o campo aponta para fora ou para dentro das áreas afetadas, ajudando a compreender melhor a origem dos ventos solares.
Compreender a dinâmica do campo magnético é fundamental para prever como as explosões solares afetam o clima espacial da Terra.
Fenômenos como tempestades geomagnéticas podem ter efeitos adversos nas comunicações por satélite, navegação GPS e redes de energia elétrica, tornando essencial a previsão desses eventos solares.
Imagens fazem revelação sobre a velocidade da superfície solar
O “tachograma”, mais uma contribuição do PHI, ilustra as velocidades e direções do movimento do material na superfície do Sol. Encontrando-se em março de 2023, este mapa revela o padrão de rotação solar e como o material se move ao redor das manchas solares.
O fluxo de material conhecido como Evershed demonstra como o material flui para fora do centro dessas manchas, um aspecto crítico para o estudo da estrutura e dinâmica solar.
Coroa solar é mais quente que a superfície
As imagens também capturaram a coroa solar em luz ultravioleta, uma oportunidade única de examinar a atmosfera superior do Sol.
As temperaturas nesta camada podem atingir milhões de graus Celsius, muito mais quentes do que a fotosfera abaixo, que chega a cerca de 5 mil graus Celsius.
A interação entre o plasma e o campo magnético na coroa é chave para entender as tempestades solares e outros fenômenos.
A divulgação destas imagens marca um avanço significativo nas pesquisas solares, ampliando a compreensão das complexidades da estrela central do nosso sistema planetário.
A Solar Orbiter segue sendo uma aliada vital na exploração espacial e no estudo da dinâmica solar, oferecendo informações cruciais para o futuro da ciência espacial.
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