Aleppo, uma das cidades mais populosas da Síria, caiu recentemente sob o controle de grupos rebeldes islamistas, desencadeando uma série de reações por parte do governo sírio e seus aliados, Rússia e Irã.

O grupo rebelde liderado pela Haiat Tahrir al-Sham (HTS), classificado como terrorista pelos EUA e outros países ocidentais devido à sua ideologia salafista-jihadista, conseguiu expulsar as forças governamentais de Aleppo em tempo recorde.

Bashar al-Assad anunciou uma contraofensiva como resposta à tomada rebelde.

Diante desse cenário de intensificação do conflito, as nações ocidentais, incluindo Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, emitiram um apelo conjunto por desescalada.

Desde que os rebeldes avançaram rapidamente sobre Aleppo, o conflito sírio experimentou uma perigosa reativação após anos de relativa estabilidade.

Aviões de combate russos e sírios aumentaram suas operações com o objetivo de retomar o controle para o governo de Bashar al-Assad. Em paralelo, o ministro das Relações Exteriores do Irã reafirmou seu apoio à Síria contra as forças opositoras.

Tropas russas em território sírio

Apesar da presença de tropas russas em território sírio, sua participação nos combates não tem sido intensa. Relatos indicam que Moscou evacuou várias bases por receio de novos avanços dos islamistas.

Parte das aeronaves russas já havia sido redirecionada para a guerra na Ucrânia, mas as unidades remanescentes continuam realizando ataques aéreos. No último fim de semana, ocorreram bombardeios sobre Aleppo pela primeira vez desde 2016.

As tropas governamentais sírias também parecem ter recuado sem resistência significativa em algumas áreas. Informações apontam que os rebeldes capturaram aviões e equipamentos militares pesados das forças do governo.

Milícias pró-iranianas do Iraque

Há relatos de que milícias pró-iranianas do Iraque estão reforçando as tropas sírias. Segundo fontes da agência Reuters, eles chegaram ao país no início desta semana para apoiar as forças governamentais no norte da Síria.

A nova onda de violência surge em um momento de tensão elevada no Oriente Médio, com conflitos simultâneos no Líbano e na Faixa de Gaza. Especialistas acreditam que os rebeldes se aproveitaram da fraqueza momentânea das milícias pró-iranianas para lançar seu avanço.

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