O Ministério da Defesa da Rússia anunciou há pouco uma “redução drástica” das operações em torno de Kiev e Chernihiv, ensaiando um cessar-fogo. É a primeira interrupção no conflito que não tem motivações humanitárias.

O objetivo, segundo o número dois da pasta, é “aumentar a confiança mútua em futuras negociações para concordar e assinar um acordo de paz com a Ucrânia”.

A Rússia está tentando ajustar seu discurso, para tentar cantar vitória na invasão. Como mostramos, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse há pouco que os principais objetivos da primeira fase da operação militar foram atingidos e que, agora, o Kremlin vai focar em libertar a região de Donbass.

Nesta terça-feira (29), as delegações de Rússia e Ucrânia se reuniram na Turquia para discutir um acordo de paz.

Os negociadores ucranianos fizeram a oferta de neutralidade militar. Em troca, eles querem garantias externas de segurança, que segundo o assessor presidencial Mikhaylo Podolyak significaria uma proteção análoga à que membros da Otan dão uns aos outros.

Os ucranianos também aceitam discutir em 15 anos o status da Crimeia, região histórica anexada por Putin em 2014.

O negociador russo Vladimir Medinsky afirmou que um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky é possível.