O Hezbollah prometeu retaliar contra Israel pelo sofisticado e coordenado ataque que detonou milhares de pagers carregados por membros da milícia terrorista libanesa.

O Hezbollah disse que continuaria seus ataques ao longo da fronteira sul com Israel, que levantaram temores de um conflito regional crescente, mas prometeu vingar separadamente as explosões de pagers: “Este é outro acerto de contas [para Israel] e ele virá, se Deus quiser”, disse na quarta-feira, 18 de setembro.

Logo após essa declaração, o grupo terrorista islâmico libanês afirmou que está levando a cabo a sua primeira retaliação contra Israel após os ataques aos pagers e que as posições da artilharia israelense perto da fronteira foram atacadas.

Nova frente de guerra

O gabinete de segurança de Netanyahu expandiu na terça-feira, 17, os objetivos da campanha de quase um ano de Israel contra o Hamas em Gaza para incluir a proteção da frente norte contra o Hezbollah.

“Devolveremos os moradores do norte em segurança para suas casas”, disse Netanyahu, em referência a mais de 60.000 israelenses que foram deslocados pelos confrontos na fronteira israelense-libanesa. Os combates também forçaram cerca de 100.000 libaneses a deixarem suas casas na região da fronteira.

A decisão do gabinete de segurança foi vista por analistas como uma mudança nas prioridades das Forças de Defesa de Israel, aumentando os temores de que os confrontos entre o Hezbollah e Israel possam se transformar em uma guerra em grande escala.

Após as explosões no Líbano, o ministro da Defesa de Israel, Joav Galant, anunciou uma “nova fase” da guerra. O foco está na frente no norte, relataram vários meios de comunicação, citando o gabinete de Galant.

A mídia israelense citou Galant dizendo que as forças e os recursos deveriam ser realocados para o norte. Ele lembrou o objetivo de guerra recentemente definido por Israel: o retorno dos cidadãos refugiados à área fronteiriça.

Irã: Explosões de pager são “vergonha” do Ocidente

O presidente do Irã descreveu as explosões coordenadas de centenas de receptores de rádio portáteis no Líbano como uma “desgraça” para o Ocidente.

É “evidência de declínio” que “ferramentas que foram originalmente criadas para promover a prosperidade e o conforto da humanidade estejam a sendo usadas como meios de terror e destruição”, disse Massoud Peseschkian após uma reunião de gabinete, de acordo com o gabinete presidencial.

O presidente do Irã fez acusações graves, em particular contra os EUA como parceiro de Israel. Segundo ele, o evento mostrou “que embora os países ocidentais e os americanos afirmem publicamente que estão lutando por um cessar-fogo, na realidade apoiam plenamente os crimes do regime sionista”.

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