O Antagonista

Reitora pressionada a renunciar após escândalo sobre antissemitismo

avatar
Alexandre Borges
3 minutos de leitura 08.12.2023 06:47 comentários
Mundo

Reitora pressionada a renunciar após escândalo sobre antissemitismo

A presidente da Universidade da Pensilvânia (UPenn), Liz Magill, está enfrentando intensas críticas e pedidos de demissão devido ao seu controverso depoimento sobre o antissemitismo em uma audiência do Congresso. O Conselho de Consultores da Wharton School, que inclui líderes empresariais proeminentes, exigiu uma mudança imediata na liderança da universidade...

avatar
Alexandre Borges
3 minutos de leitura 08.12.2023 06:47 comentários 0
Reitora pressionada a renunciar após escândalo sobre antissemitismo
Foto: Reprodução/X

A presidente da Universidade da Pensilvânia (Penn), Elizabeth “Liz” Magill, está sob fogo cruzado após seu depoimento desastroso sobre antissemitismo no campus numa audiência do Congresso americano na terça-feira, 5. O episódio desencadeou uma torrente de pedidos de renúncia e intensas críticas da comunidade acadêmica, conselheiros e doadores.

Durante a audiência, Magill foi questionada sobre a posição da universidade em relação a manifestações com palavras de ordem pedindo genocídio dos judeus. Sua resposta, ambígua, evasiva e insatisfatória, provocou reações imediatas. Ela tentou esclarecer suas declarações no dia seguinte, mas mesmo no vídeo divulgado posteriormente nas redes sociais foi incapaz de se desculpar explicitamente.

O Conselho de Consultores da Wharton School, composto por líderes empresariais renomados e ex-alunos da Penn, expressou profunda preocupação com a “cultura perigosa e tóxica” no campus, atribuída à permissividade da liderança da universidade. O conselho solicitou a renúncia imediata de Magill.

Ross Stevens, um importante doador da Penn, ameaçou cancelar uma doação de 100 milhões de dólares para a universidade caso Liz Magill não seja destituída do cargo. Ela foi mantida na presidência após uma reunião de emergência da diretoria nesta quinta, 7, o que gerou uma rebelião que está apenas começando.

Além da Penn, Harvard e MIT também estão sob investigação de um comitê da Câmara dos Deputados dos EUA. A presidente do comitê, Virginia Foxx, classificou o depoimento como “absolutamente inaceitável” e expressou preocupações sérias com a falha das instituições em assegurar um ambiente seguro para estudantes judeus.

As três responsáveis por algumas das mais importantes universidades americanas chocaram o mundo na audiência ao se recusarem a classificar, de forma clara e categórica, que pedidos de “genocídio de judeus” ou de uma nova “intifada” (“revolta”, em árabe) fossem classificados como “assédio” e passíveis de investigação e punição.

Elas presidem instituições obcecadas com conceitos subjetivos e imprecisos como “microagressões”“preconceito inconsciente” e “gatilhos emocionais”, regularmente usados para instrumentalizar patrulhas ideológicas e o cerceamento da liberdade de expressão, mas quando as vítimas são judeus, o discurso de ódio é relativizado, “precisa de contexto” e só deve ser cerceado se “virar ação”.

As reitoras protagonizaram um desastre de relações públicas que atinge diretamente a imagem das suas universidades, causando críticas generalizadas de todos os lados. Até o governador democrata da Pensilvânia, Josh Shapiro, disse que a resposta de Elizabeth Magill, reitora da Penn, foi “inaceitável”. Magill foi às redes sociais ontem se retratar, mas o estrago estava feito.

“É inacreditável que isso precise ser dito: gritos pedindo genocídio são monstruosos e contra tudo o que representamos como país”, disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates.

Leia mais:

O antissemitismo e a ideologia de Greta Thunberg

Mais Lidas

1

Filha trans de Musk confronta pai: "Eu o rejeitei, não o contrário"

Visualizar notícia
2

Em busca de popularidade, Lula inaugura até obra da iniciativa privada

Visualizar notícia
3

Ministério do Esporte faz post racista contra atletas brasileiros nas Olimpíadas

Visualizar notícia
4

Crusoé: avião com ex-presidentes da América Latina é impedido de ir para a Venezuela

Visualizar notícia
5

Biden, Lula e o etarismo

Visualizar notícia
6

Crusoé: Ouro de tolo 

Visualizar notícia
7

Ministro pediu exoneração de responsável por post racista sobre Olimpíadas, diz TV

Visualizar notícia
8

MP-TO investiga suposto uso da “Barões da Pisadinha” para enriquecer deputada

Visualizar notícia
9

"Cuidaremos disso", diz Trump a Netanyahu sobre reféns

Visualizar notícia
10

Previsão de chuva e frio para Sul e Sudeste

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter

Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!

Tags relacionadas

antissemitismo Hamas Harvard Israel MIT Penn
< Notícia Anterior

Esquerda golpista tem salvo-conduto?

07.12.2023 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Cinco Minutos: A semana não acabou em Brasília

08.12.2023 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Alexandre Borges

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Milagre! Após 14 dias perdido nas montanhas, homem é resgatado

Milagre! Após 14 dias perdido nas montanhas, homem é resgatado

26.07.2024 21:35 4 minutos de leitura
Visualizar notícia
Trump anuncia novo comício na cidade em que sofreu atentado

Trump anuncia novo comício na cidade em que sofreu atentado

26.07.2024 21:14 2 minutos de leitura
Visualizar notícia
Califórnia vive incêndios de grandes proporções

Califórnia vive incêndios de grandes proporções

26.07.2024 20:30 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Crusoé: procuradoria argentina veta acesso a dados sobre "vida privada" de Milei

Crusoé: procuradoria argentina veta acesso a dados sobre "vida privada" de Milei

26.07.2024 20:08 2 minutos de leitura
Visualizar notícia

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.