Reitora pressionada a renunciar após escândalo sobre antissemitismo
A presidente da Universidade da Pensilvânia (UPenn), Liz Magill, está enfrentando intensas críticas e pedidos de demissão devido ao seu controverso depoimento sobre o antissemitismo em uma audiência do Congresso. O Conselho de Consultores da Wharton School, que inclui líderes empresariais proeminentes, exigiu uma mudança imediata na liderança da universidade...
A presidente da Universidade da Pensilvânia (Penn), Elizabeth “Liz” Magill, está sob fogo cruzado após seu depoimento desastroso sobre antissemitismo no campus numa audiência do Congresso americano na terça-feira, 5. O episódio desencadeou uma torrente de pedidos de renúncia e intensas críticas da comunidade acadêmica, conselheiros e doadores.
Durante a audiência, Magill foi questionada sobre a posição da universidade em relação a manifestações com palavras de ordem pedindo genocídio dos judeus. Sua resposta, ambígua, evasiva e insatisfatória, provocou reações imediatas. Ela tentou esclarecer suas declarações no dia seguinte, mas mesmo no vídeo divulgado posteriormente nas redes sociais foi incapaz de se desculpar explicitamente.
O Conselho de Consultores da Wharton School, composto por líderes empresariais renomados e ex-alunos da Penn, expressou profunda preocupação com a “cultura perigosa e tóxica” no campus, atribuída à permissividade da liderança da universidade. O conselho solicitou a renúncia imediata de Magill.
Ross Stevens, um importante doador da Penn, ameaçou cancelar uma doação de 100 milhões de dólares para a universidade caso Liz Magill não seja destituída do cargo. Ela foi mantida na presidência após uma reunião de emergência da diretoria nesta quinta, 7, o que gerou uma rebelião que está apenas começando.
Além da Penn, Harvard e MIT também estão sob investigação de um comitê da Câmara dos Deputados dos EUA. A presidente do comitê, Virginia Foxx, classificou o depoimento como “absolutamente inaceitável” e expressou preocupações sérias com a falha das instituições em assegurar um ambiente seguro para estudantes judeus.
As três responsáveis por algumas das mais importantes universidades americanas chocaram o mundo na audiência ao se recusarem a classificar, de forma clara e categórica, que pedidos de “genocídio de judeus” ou de uma nova “intifada” (“revolta”, em árabe) fossem classificados como “assédio” e passíveis de investigação e punição.
Elas presidem instituições obcecadas com conceitos subjetivos e imprecisos como “microagressões”, “preconceito inconsciente” e “gatilhos emocionais”, regularmente usados para instrumentalizar patrulhas ideológicas e o cerceamento da liberdade de expressão, mas quando as vítimas são judeus, o discurso de ódio é relativizado, “precisa de contexto” e só deve ser cerceado se “virar ação”.
As reitoras protagonizaram um desastre de relações públicas que atinge diretamente a imagem das suas universidades, causando críticas generalizadas de todos os lados. Até o governador democrata da Pensilvânia, Josh Shapiro, disse que a resposta de Elizabeth Magill, reitora da Penn, foi “inaceitável”. Magill foi às redes sociais ontem se retratar, mas o estrago estava feito.
“É inacreditável que isso precise ser dito: gritos pedindo genocídio são monstruosos e contra tudo o que representamos como país”, disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates.
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