Edan Alexander, de 21 anos, libertado pelo Hamas após quase 600 dias de cativeiro na Faixa de Gaza, conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça-feira, 13. A ligação foi intermediada pelo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que visitou Alexander no hospital em Tel Aviv.

“Após meses em cativeiro, o mundo está inspirado por sua coragem e resiliência. Seu retorno traz esperança a muitos”, afirmou Witkoff, que disse ter conversado com Trump ao lado de Alexander. 

“A liderança do presidente tornou isso possível. Continuamos comprometidos em trazer todos os reféns para casa”, acrescentou.

A libertação de Alexander foi anunciada pelo Hamas como um “gesto de boa vontade” em relação a Trump. A soltura ocorreu após negociações envolvendo os Estados Unidos, Egito, Qatar e Turquia — Israel não participou diretamente das tratativas.

Trump celebrou a soltura como uma “ótima notícia” e afirmou esperar que “todos os reféns sejam libertados e que os combates cessem”.

Pouco depois da conversa com Trump, Alexander também falou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que publicou um vídeo do diálogo. 

“Todo Israel está abraçando vocês três. Hoje somos todos uma família”, disse o premiê ao ex-refém, que respondeu: “Estou fraco, mas voltando. É só uma questão de tempo.”

Quem é Edan Alexander?

Alexander, 21, nasceu em Nova Jersey e servia em uma unidade de elite do Exército israelense quando foi sequestrado pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro de 2023. 

Ele era o último refém vivo com cidadania americana mantido em Gaza.

A libertação de Alexander foi acompanhada por imagens divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel, que o escoltaram até um centro de recepção no sul do país, onde reencontrou a família. 

Sem cessar-fogo

Apesar do gesto, Netanyahu reforçou que não haverá cessar-fogo. 

Em mensagem publicada no Telegram, o premiê afirmou que o Exército israelense avançará com “toda a força” nos próximos dias, mesmo que novos reféns sejam libertados. “Podemos fazer uma pausa temporária, mas iremos até o fim”.

Netanyahu também agradeceu a Trump e a Witkoff pelo envolvimento na libertação de Alexander.

“Estamos muito felizes pela ajuda que vocês nos deram”, afirmou, sugerindo que, se outros reféns não forem soltos, as forças israelenses “tomarão medidas”.