Rebeldes da Síria tomam o controle de Homs
A cidade, considerada a terceira maior da Síria, é vista como peça chave no tabuleiro geopolítico do país
Rebeldes sírios liderados pelo grupo jihadista Hayet Tahrir al-Sham (HTS) assumiram neste sábado, 7 de dezembro, o controle de bairros estratégicos na cidade de Homs, ao norte de Damasco, após a retirada de forças do regime de Bashar al-Assad, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
De acordo com a ONG, centenas de prisioneiros deixaram a prisão central de Homs durante a ofensiva.
O Ministério da Defesa sírio, no entanto, ainda nega a entrada de rebeldes na cidade e afirma que as forças armadas mantêm “linhas defensivas sólidas” ao redor da região.
Desde o início da ofensiva, em 27 de novembro, os rebeldes avançaram rapidamente por áreas estratégicas, incluindo Aleppo e Hama, chegando a Homs, a cerca de 150 km da capital.
Esse movimento expôs a fragilidade do regime de Bashar al-Assad, que agora controla apenas três das 14 capitais provinciais: Damasco, Latakia e Tartus.
Em Damasco, moradores correm para estocar mantimentos ou buscam refúgio no Líbano, temendo que os combates cheguem à capital.
Alvo estratégico
Homs desponta como o próximo alvo estratégico das forças rebeldes. A cidade, considerada a terceira maior da Síria, e localizada a cerca de trinta minutos da fronteira com o Líbano, é vista como uma peça chave no tabuleiro geopolítico sírio.
Segundo o Instituto para Estudos da Guerra dos Estados Unidos, o controle sobre Homs é vital para manter a rota de suprimentos do Irã à milícia Hezbollah no Líbano, uma vez que oferece acesso a importantes passagens fronteiriças.
Rami Abdel-Rahman, diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, afirmou à imprensa que “quem vencer a batalha por Homs terá nas mãos o futuro da Síria”.
Um triunfo rebelde poderia isolar Damasco dos portos mediterrâneos do país, onde se localizam diversas fortalezas do regime Assad.
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