Putin atualiza arsenal nuclear e acusa Ocidente de “guerra híbrida”
Putin declarou que a Rússia está atualizando o seu arsenal nuclear e frisou que Moscou mantém as suas forças estratégicas no mais alto nível de prontidão contra a “guerra híbrida” travada pelo Ocidente.
Em reunião com altos funcionários do Ministério da Defesa e das Forças Armadas da Rússia, Vladimir Putin disse hoje, 19 de dezembro, que o país está atualizando o seu arsenal nuclear e frisou que Moscou mantém as suas forças estratégicas no mais alto nível de prontidão, num momento em que o Ocidente trava uma “guerra híbrida” contra a Rússia.
Segundo a Reuters, o Chefe de Estado sublinhou ainda que todos os esforços para infligir uma derrota estratégica à Rússia têm colapsado.
O ministro da Defesa russo afirmou que foram colocados 7000 quilômetros de minas ao longo da linha da frente na Ucrânia e que, apesar das sanções internacionais, o país está produzindo maiores quantidades de armas de alta tecnologia do que a OTAN.
Ele declarou ainda que a Rússia pretende aumentar o seu exército para 1,5 milhões de militares.
Novo relatório da ONU
Em novo relatório sobre a situação na Ucrânia, ONU afirma que houve sinais de tortura de ucranianos sob custódia russa
O Gabinete dos Direitos Humanos da ONU documentou os casos nas áreas da Ucrânia ocupadas pela Rússia, incluindo a península da Crimeia, que foi anexada em violação do direito internacional.
Houve pelo menos 100 mortes de civis sob custódia russa. Pelo menos 39 tinham sinais de que foram torturados, informou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, em Genebra.
“A tortura e outros tratamentos cruéis são generalizados nos centros de detenção nos territórios ocupados pela Rússia”, disse Türk. “Muitos dos casos de tortura que documentamos incluem violência sexual.”
A Rússia não permite que as equipes do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU entrem nos campos de prisioneiros nos territórios ocupados, razão pela qual a documentação é difícil. Prisões arbitrárias estão na ordem do dia por lá. As equipes não conseguiram ver os prisioneiros de guerra ucranianos. As famílias também não tiveram notícias de seus parentes.
Civis assassinados
Estão sendo investigado casos de soldados russos que mataram civis nos territórios ocupados. Dois soldados são acusados de terem matado uma família de nove pessoas na região de Donetsk.
Türk relatou também que a Rússia, às vezes, força os ucranianos nos territórios ocupados a lutar nas forças armadas russas contra o seu próprio povo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)