O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, recebeu o apoio do Reino Unido e do presidente dos EUA, Joe Biden, para suceder Jens Stoltenberg como o próximo secretário-geral da OTAN. Isso foi confirmado pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido.

Sucessão em um momento crucial

O substituto de Stoltenberg, que deixará o cargo em outubro, assumirá num momento crítico para a aliança. Ficará encarregado de manter o apoio dos membros da OTAN para a defesa da Ucrânia contra a invasão russa, ao mesmo tempo que evitará qualquer escalada que poderia levar a OTAN diretamente para uma guerra com a Rússia.

Além disso, dependendo do resultado da eleição presidencial dos EUA em novembro, o próximo chefe da OTAN pode ter que lidar com um segundo mandato de Donald Trump, que já questionou o compromisso da OTAN com a defesa de seus países membros.

Mark Rutte: favorito para o cargo

Mark Rutte, que atualmente é o favorito para preencher a vaga, mostrou interesse no trabalho no ano passado. O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido afirmou que Rutte é uma figura respeitada em toda a OTAN e possui sólidas credenciais de defesa e segurança. Além disso, é visto como alguém capaz de conservar a aliança forte e preparada para qualquer eventualidade.

Os líderes da OTAN são nomeados por consenso, necessitando do apoio ou, no mínimo, da não oposição, de todos os seus 31 membros. A Suécia está a ponto de se tornar o 32º membro da aliança.

Rutte deixa a política holandesa

Mark Rutte, a personalidade política de maior longevidade na Holanda, fez um anúncio inesperado em julho sobre sua saída da política holandesa. No entanto, ele continua em funções como líder interino enquanto as negociações de coalizão estão em andamento após a eleição de 22 de novembro.

Stoltenberg, ex-primeiro-ministro da Noruega, comanda a OTAN desde 2014. Seu mandato foi estendido pela quarta vez em julho do ano passado, pois a aliança escolheu manter um líder experiente ao invés de tentar um acordo sobre um novo líder em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

Outros possíveis candidatos

Segundo diplomatas, Rutte é atualmente o único candidato oficial para o cargo. Outras personalidades como a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, e o ministro das Relações Exteriores da Letônia, Krisjanis Karins, também demonstraram interesse na posição. No entanto, nenhum deles foi formalmente apresentado como candidato.