Primeiro-Ministro do Haiti tenta voltar ao país em meio a crise
Descubra o desafio do Primeiro-Ministro do Haiti, Ariel Henry, ao retornar ao país após busca de apoio na Guiana e Quênia para lidar com a violência exacerbada.
O Primeiro-Ministro do Haiti, Ariel Henry, retornou inesperadamente ao seu país após um período de viagens internacionais. O líder haitiano havia tentado anteriormente repatriar-se pela República Dominicana, mas as tentativas foram barradas pelas autoridades dominicanas que cancelaram todos os voos com conexões para o Haiti.
Qual a razão da ausência de Henry do Haiti?
Em fevereiro desse ano, Henry deixou o Haiti para participar de um encontro internacional na Guiana, envolvendo líderes de países da América do Sul e Caribe, o Caricom. Na ocasião, Ariel prometeu a realização de eleições no Haiti em 2025. Contudo, a situação de violência exacerbada no país, especialmente por parte das gangues, impediu seu regresso imediato.
Em vez de voltar para seu país de origem, Henry decidiu ir ao Quênia, visando um encontro com o presidente queniano, William Ruto. O primeiro-ministro haitiano busca apoio policial queniano para agir no Haiti.
Parceria entre Quênia e Haiti pode auxiliar na segurança do país caribenho
Corre no Quênia o caso de uma força policial que está impedida de atuar em seu próprio país por decisão da Suprema Corte local, sob a justificativa de inconstitucionalidade. Henry, além do presidente queniano e a ONU, vislumbram a possibilidade de empregar esses agentes nas cidades haitianas para combater a violência das gangues.
Contudo, a data para o regresso de Henry ao Haiti era incerta. Na última terça-feira (5), ele desembarcou em Porto Rico e tem mantido conversas com líderes do Caribe. Em determinado momento, a sugestão de sua renúncia foi proposta, mas prontamente rejeitada pelo líder haitiano.
Conheça Ariel Henry, o Primeiro-Ministro do Haiti
Nasceu em 1948 e é neurocirurgião de formação, tendo estudado na França. Henry se tornou uma figura política de destaque no Haiti desde o início dos anos 2000, tendo ocupado o cargo de ministro do Interior e de Assistência Social em 2015. Em julho de 2021, ante o violento assassinato do presidente Jovenel Moise, assumiu o comando do país sob a indicação de um grupo de representantes internacionais que incluem a Alemanha, Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França e órgãos multilaterais como União Europeia, ONU e OEA.
Retorno de Henry ao Haiti enfrenta resistência de gangues e população
Desde a posse de Ariel Henry como líder do Haiti, uma campanha para a sua derrubada ganhou força no país. Gangues e civis pedem pela renúncia de Henry, que por sua vez alega que as condições de segurança do país inviabilizam a realização de eleições. Em 2024, Henry formou um conselho de transição para organizar as eleições, porém o aumento da violência e criminalidade adiou o pleito inúmeras vezes. Em 2024, mais de 8.400 pessoas foram mortas, feridas ou sequestradas, duplicando o número de vítimas em relação a 2023.
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