Premiê do Líbano cancela ida à ONU após ataques de Israel contra Hezbollah
Israel intensificou nos últimos dias os esforços para eliminar os chefes de organizações terroristas
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, cancelou sua participação na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, após os ataques israelenses contra o grupo terrorista Hezbollah no Líbano.
Em comunicado divulgado neste sábado, 21, ele pediu pelo “fim dos terríveis massacres” em seu país.
“Diante dos acontecimentos relacionados com a agressão israelense no Líbano, decidi cancelar a viagem e concordei, após consulta e coordenação com o ministro das Relações Estrangeiras, sobre as questões de ação diplomática urgente nesta fase”, afirmou.
Ele disse ainda que, inicialmente, tinha a intenção de viajar para Nova York com o objetivo de intensificar “a ação diplomática libanesa” durante os trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas e “travar a contínua agressão israelense contra o Líbano”.
Najib Mikati disse ter optado por permanecer no Líbano porque “neste momento não há maior prioridade do que travar os massacres cometidos pelo inimigo israelense”.
Israel intensificou os esforços para eliminar os chefes de organizações terroristas. O objetivo, como publicou a revista Crusoé, é destruir a cadeia de comando desses grupos, como uma maneira de evitar ataques e retaliações no futuro.
Novos ataques contra o Hezbollah
O Exército de Israel anunciou neste sábado novos ataques aéreos contra posições do grupo terrorista Hezbollah no Líbano.
Os bombardeios ocorrem um dia depois de um ataque contra um reduto do Hezbollah em Beirute, capital do Líbano, que teve como objetivo eliminar Ibrahim Aqil, chefe de operações especiais do grupo xiita.
Como mostramos, o Hezbollah confirmou mais cedo que Ahmed Mahmud Wahbi, um segundo comandante, também foi morto na operação do dia anterior.
“O Exército israelense está atacando posições pertencentes à organização terrorista do Hezbollah no Líbano”, diz comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI), acrescentando que nos bombardeios de sexta foram mortos pelo menos 16 membros do grupo terrorista. As FDI não deram mais detalhes da operação deste sábado.
Cabeças rolam no Hezbollah
Na sexta, 20, o número 2 do grupo terrorista Hezbollah, Ibrahim Aqil, foi alvo de um bombardeio de um caça israelense F-35, em Dahiyeh, bairro ao sul de Beirute de população majoritariamente xiita e sede da organização extremista.
Aqil assumiu o cargo após a eliminação de Fuad Shukr, neutralizado em 30 de julho por Israel, em Beirute. Shukr, por sua vez, foi alçado ao posto após a eliminação de Imad Mughniyeh, em Damasco, em 2008.
O recado de Israel é direto: qualquer um que ocupe um cargo de chefia em uma organização terrorista corre o risco de ser alvejado.
A abordagem com o Hamas é similar.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, Israel eliminou o chefão do grupo, Ismail Haniyeh, em Teerã. Também foram executados Mohammed Deif, o chefe militar em Gaza, e Saleh al Arouri, que comandava o grupo na Cisjordânia.
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