Peterson: “Greta vive um terror existencial causado pelos adultos”
Psicólogo diz que ativismo de Thunberg foi alimentado por medo incutido pela mãe e amplificado por líderes globais

O psicólogo canadense Jordan B. Peterson afirmou que Greta Thunberg, ao se tornar símbolo da militância ambiental ainda na pré-adolescência, foi colocada em uma situação de sofrimento psíquico extremo.
Em entrevista publicada no podcast The Jordan B. Peterson Podcast, ele declarou que, aos 13 anos, Greta já vivia em um estado de terror devido à influência materna e à resposta de líderes mundiais às suas falas.
“Imagine que você tem 13 anos, está um pouco no espectro autista, tem uma mãe dominadora disposta a usá-la para fins políticos, e ela te convence de que o mundo está à beira de um colapso apocalíptico”, disse Peterson. “Então homens adultos, líderes de todo o mundo, se ajoelham aos seus pés e a tratam como Oráculo de Delfos.”
Segundo ele, essa resposta institucional e midiática reforçou os medos da jovem.
“Como uma criança de 13 anos poderia reagir, se não com uma amplificação massiva de seus terrores?” Peterson afirmou ainda que a sueca se tornou uma figura pública a partir de angústias pessoais moldadas por adultos, sem ter a maturidade emocional para processar o papel que lhe foi imposto.
“É tão triste. Não consigo imaginar como alguém nessa situação não estaria à beira do terror existencial constantemente”, completou.
Peterson também fez críticas ao que classificou como culto ao ativismo juvenil.
Para ele, incentivar adolescentes a mudar o mundo sem que tenham sequer alcançado autonomia pessoal é uma armadilha emocional.
“Dizemos aos jovens que a maneira mais nobre de viver é ser ativista. Mas ser ativista, quase sempre, significa ser contra algo. E isso vem com o risco do narcisismo moral”, afirmou. “O ativista se posiciona como alguém melhor do que os outros, mesmo sem ter sido eleito por ninguém.”
O psicólogo afirmou que o fenômeno Greta é resultado de um ciclo distorcido: uma adolescente vulnerável, manipulada por adultos próximos, é então legitimada por figuras públicas que a transformam em ícone global, sem espaço para dúvidas ou revisões. “Ela está numa situação impossível. Como poderia questionar suas crenças se o mundo inteiro a valida constantemente?”
Ao final da entrevista, Peterson disse ter empatia por Greta e por sua mãe.
Ele comparou a situação à própria experiência pessoal com sua mãe e refletiu sobre os efeitos duradouros de ideologias internalizadas na juventude. “Minha mãe achava que me alertava sobre a presença de uma cobra no jardim. Mas, ao fazer isso, plantava um medo que me afetou por anos”, afirmou.
O vídeo foi publicado originalmente em dezembro de 2022, mas voltou a circular nas redes sociais nesta semana, após trechos com as declarações de Peterson viralizaremnos Estados Unidos.
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