Em medida inédita, o Vaticano anunciou nesta quarta-feira (26) que o papa Francisco (foto) vai permitir que mulheres votem no Sínodo dos Bispos, cuja assembleia-geral está marcada para entre 4 e 29 de outubro deste ano.

O Sínodo é um orgão do Vaticano que reúne periodicamente os bispos do mundo em Roma, para debater tópicos específicos; ao final do encontro, eles votam propostas concretas, que são apresentadas ao papa.

Pelas novas regras, cinco religiosas terão direito a voto, juntando-se a cinco padres como representantes votantes de ordens religiosas. Antes, elas só podiam participar da reunião como auditoras.

Além disso, Francisco decidiu nomear 70 membros não-bispos do Sínodo e pediu que metade deles fossem mulheres; eles também terão um voto.

A decisão do papa atende a décadas de reivindicações de grupos de mulheres católicas. Um dos principais organizadores da reunião, o cardeal Jean-Claude Hollerich, disse à Associated Press que se trata de “uma mudança importante, não uma revolução”.