O general americano David Petraeus, que foi chefe da CIA, disse para o jornal italiano Corriere della Sera que os ucranianos podem deter Vladimir Putin:

“Há muitos cenários possíveis, dependendo de qual dos dois campos conseguirá se reabastecer, se rearmar, substituir perdas e incorporar novas habilidades. Os cenários vão desde um longo impasse, sangrento e de pesadelo (com avanços lentos dos russos no sudeste, enquanto os ucranianos continuam contra-ataques limitados em torno de Kiev, Kharkiv, Mykolaiv e em outros lugares) para um cenário no qual um lado ou outro ganha uma vantagem e repele os inimigos. A Ucrânia tem um pouco mais de probabilidade de conquistar essa vantagem, dada a sua determinação, desenvoltura, criatividade e o fato de jogar em casa. Mas é imprudente excluir a possibilidade de que a Rússia aprenda com os inúmeros erros que cometeu e, mesmo com outras terríveis perdas de vidas e de meios, possa desgastar as defesas aéreas e os recursos ucranianos ao longo do tempo”.

O fundamental, segundo ele, é que os ucranianos recebam mais armas:

“Particularmente importantes para a Ucrânia são os sistemas adicionais de defesa aérea (especialmente S-300 e Buk) eficazes em altitudes mais altas do que os sistemas Stinger; drones adicionais do tipo American Switchblade (milhares); drones turcos adicionais (milhares); munição; ajuda humanitária e econômica; e aeronaves; tudo sem grandes anúncios. Esses recursos podem inclinar a balança a favor da Ucrânia e beneficiá-la na mesa de negociações”.