“Os ataques horríveis em Sumy são a resposta sarcástica da Rússia”
De acordo com Radoslaw Sikorski, ministro das Relações Exteriores da Polônia, o ditador russo, Vladimir Putin, está desafiando a disposição dos Estados Unidos em buscar um cessar-fogo

Após um ataque com mísseis que atingiu Sumy, o número de fatalidades subiu para pelo menos 34, com outras 117 pessoas feridas devido ao impacto de dois projéteis que colidiram no coração da cidade na manhã de domingo, 13 de abril.
De acordo com Radoslaw Sikorski, ministro das Relações Exteriores da Polônia, o ditador russo, Vladimir Putin, está desafiando a disposição dos Estados Unidos em buscar um cessar-fogo no conflito ucraniano.
Ele expressou a esperança de que o presidente americano, Donald Trump, e sua administração reconheçam a gravidade da situação:
“A Ucrânia concordou com uma trégua incondicional há mais de um mês. Os ataques horríveis em Krywyj Rih e Sumy são a resposta sarcástica da Rússia”, afirmou Sikorski durante um encontro dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia em Luxemburgo.
Trump, por sua vez, condenou o bombardeio russo em uma declaração feita a bordo de seu avião presidencial, classificando-o como “uma coisa horrível”, mas não condenou a Rússia. Sua definição do ataque como um “erro” não foi claramente explicada, mesmo quando questionado por jornalistas.
Domingo de Ramos em Sumy
No último domingo de Ramos, que precede a Páscoa celebrada simultaneamente por diversas igrejas, muitos fiéis estavam nas ruas de Sumy.
O presidente Volodymyr Zelensky comunicou através do Telegram que enquanto os cidadãos se dirigiam às igrejas para recordar a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, uma ogiva inimiga atingiu a cidade.
Ele identificou o ataque como sendo realizado com mísseis balísticos russos e caracterizou-o como um ato de “canalhas”, pedindo uma resposta internacional contundente. Vídeos mostrando os danos em Sumy começaram a circular nas redes sociais.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, condenou o ataque russo em Sumy, afirmando: “Atacar civis intencionalmente no Domingo de Ramos demonstra claramente uma intenção de destruir e não pacificar”.
Durante uma reunião com seus colegas europeus em Luxemburgo, ela enfatizou que Putin continua atacando a paz na Europa e ressaltou a necessidade de proteger e apoiar a Ucrânia para garantir um futuro pacífico no continente europeu.
O presidente francês Emmanuel Macron também se manifestou contra o ataque russo a Sumy, reiterando que a responsabilidade pela guerra recai unicamente sobre Moscou.
Ele destacou que é imperativo adotar medidas rigorosas para forçar a Rússia a um cessar-fogo e assegurou que França está trabalhando incansavelmente com seus parceiros nessa direção.
Inúmeros outros líderes mundiais prestaram solidariedade às vítimas ucranianas, condenando firmemente a Rússia pelo ataque. O Brasil ficou em silêncio.
Arma proibida
Relatos indicam que munição cluster pode ter sido utilizada na recente ofensiva. Segundo o jornal “The Kyiv Independent”, fontes do escritório do presidente ucraniano e do embaixador dos EUA mencionaram que as armas lançadas se dividiram em múltiplas pequenas explosões sobre a área alvo, deixando remanescentes não detonados que continuam a representar um risco para a população civil.
Vale destacar que esse tipo de armamento é proibido por um tratado internacional, que, no entanto, não foi assinado por países como Rússia e Estados Unidos.
Informações oficiais relatam danos significativos a vias públicas, edifícios residenciais e várias viaturas.
Imagens capturadas após o ataque mostraram cenas desoladoras com corpos nas ruas e veículos em chamas. Em resposta à situação emergencial, foi criado um comitê de crise para lidar com os estragos.
Sumy tem sido frequentemente alvo de ataques à medida que a Ucrânia resiste à invasão russa há mais de três anos.
Leia também: Mais uma fala canalha de Lula sobre a Ucrânia
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)