OpenAI respondeu à ação judicial movida pelo cofundador Elon Musk, na qual ele alega que a companhia tem perseguido lucros e se desviado de sua missão original sem fins lucrativos. Em reposta, OpenAI publicou diversos emails antigos de Musk que sugerem que ele compreendia a necessidade da empresa de obter altos lucros para financiar seus projetos de inteligência artificial (IA).

Controvérsias dos primeiros dias da empresa

Nos emails, Musk argumenta que a OpenAI teria dificuldade em construir uma plataforma de IA generativa de sucesso utilizando apenas captação de recursos, indicando que seria necessário encontrar outras fontes significativas de lucro. Num email de novembro de 2015 à CEO Sam Altman, Musk sugeriu um compromisso de financiamento de US$ 1 bilhão e prometeu cobrir as partes não captadas. Estes recursos, porém, não foram completamente disponibilizados e a promessa de Musk não foi integralmente cumprida.

Tesla poderia ter comprado a OpenAI

Em fevereiro de 2018, Musk sugeriu que a única saída para o futuro da OpenAI era ser adquirida pela Tesla, sua empresa de automóveis elétricos. A oferta foi recusada e Musk se desligou da OpenAI ainda naquele mesmo ano. Em dezembro de 2018, Musk ressaltou que a OpenAI necessitava de um aumento dramático em execução e recursos para manter-se relevante.

Consequências da ação judicial

Musk alega que a parceria entre a OpenAI e a Microsoft violou o estatuto de criação da OpenAI, configurando uma quebra de contrato. Ele pede um julgamento por júri e que a empresa, Altman e o co-fundador Greg Brockman devolvam o lucro adquirido. Em resposta, a OpenAI afirmou que irá se mover para rejeitar todas as reivindicações de Musk, alegando que a tecnologia desenvolvida pela empresa beneficia a vida das pessoas, enquanto a segurança de seus produtos continua sendo uma prioridade.