ONU fala em retorno de ditadores e asfixia de direitos humanos
"Os direitos humanos são o oxigênio da humanidade. Mas eles estão sendo sufocados, um após o outro", disse Antonio Guterres

Volker Türk, Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, fez a seguinte alerta: “Nos séculos anteriores, o uso desenfreado da força pelos poderosos, ataques indiscriminados a civis, transferências de população e trabalho infantil eram comuns.
Ditadores podiam ordenar crimes hediondos que levavam um grande número de pessoas à morte. Cuidado: isso pode acontecer novamente”, afirmou.
Direitos humanos “asfixiados”
Os direitos humanos “estão sendo sufocados um após o outro”, denunciou também o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, na segunda-feira, 24 de fevereiro
“Os direitos humanos são o oxigênio da humanidade. Mas eles estão sendo sufocados, um após o outro”, disse Antonio Guterres, sem explicitar muito bem quem são os ditadores que os estão estrangulando.
“Os direitos humanos, sob ataque cruel, estão em seus últimos entrincheiramentos. Esta situação representa uma ameaça direta a todos os mecanismos e sistemas duramente conquistados nos últimos 80 anos para proteger e promover os direitos humanos”, insistiu Antonio Guterres.
Esses direitos humanos são sufocados “por autocratas, que esmagam a oposição porque temem o que um povo com todos os meios para agir seria capaz”, sublinha o chefe da ONU, mas sem citar exemplos.
Ele também denunciou o papel do “patriarcado, que impede as meninas de irem à escola e as mulheres de desfrutarem de seus direitos fundamentais” ou dos “belicistas, que riem do direito internacional, do direito internacional humanitário e da Carta das Nações Unidas”.
Antonio Guterres também aproveitou a plataforma para denunciar mais uma vez “tecnologias incontroláveis como a inteligência artificial, que geram grandes esperanças, mas também contêm a capacidade de violar direitos humanos com um único clique”.
ONU ainda tem moral para defender os Direitos Humanos?
Defender os direitos humanos é ótimo, o problema da ONU é a falta de coerência nessa defesa. O próprio António Guterres foi à Rússia, em outubro de 2024, para apertar a mão do ditador Vladimir Putin, durante a 16ª Cúpula dos Brics.
Em novembro de 2023, o Irã havia sido designado pela ONU para presidir o Fórum Social do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, o que é uma piada de mau gosto.
Em outubro de 2024, Francesca Albanese, relatora especial da ONU nos territórios palestinos foi acusada de promover antissemitismo, apoiar o terrorismo e difundir informações falsas, segundo o relatório “Wolf in Sheep’s Clothing: Why Democracies Should Sanction UN Rapporteur Francesca Albanese”
Por essas e inúmeras outras polêmicas envolvendo posturas parciais e ideológicas incompatíveis com a defesa efetiva e não meramente retórica dos Direitos Humanos a ONU vem caindo progressivamente em descrédito.
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