Julio Borges é o líder da oposição no parlamento venezuelano. Dono de um discurso bastante moderado, chega a minimizar a crise institucional provocada por Nicolás Maduro ao dizer que as crises econômicas e humanitárias são mais importantes.

Em entrevista a O Globo, Borges negou qualquer apoio ao plano de destituir Maduro da presidência em no máximo seis meses. Mas basta ler as palavras do próprio opositor para ter a certeza de que essa postura mudará em breve.

Leiam o que ele disse a O Globo:

“O Executivo transformou-se num governo fechado às mudanças em matéria de direitos humanos, em matéria econômica, fechado ao diálogo. Já era assim antes das eleições e continua sendo assim. É incrível, mas é verdade. Não temos a menor comunicação: não tivemos sequer uma reunião para que nos dissessem onde estavam as chaves da Assembleia Nacional. É como se fossem dois países diferentes.”