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New York Times aciona Microsoft e OpenAI por direitos autorais

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 27.12.2023 13:39 comentários
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New York Times aciona Microsoft e OpenAI por direitos autorais

O jornal The New York Times entrou com um processo contra a Microsoft e a OpenAI alegando violação de direitos autorais pelo uso de seu conteúdo no treinamento de ferramentas de Inteligência Artificial como o ChatGPT e o Copilot.

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New York Times aciona Microsoft e OpenAI por direitos autorais
Foto: Reprodução

O jornal The New York Times entrou com um processo contra a Microsoft e a OpenAI alegando violação de direitos autorais pelo uso de seu conteúdo no treinamento de ferramentas de Inteligência Artificial como o ChatGPT e o Copilot. O jornal argumenta que essas ferramentas, treinadas com milhões de dados do NYT, fornecem respostas baseadas em seu conteúdo proprietário.

Este caso é mais um conflito crescente entre criadores de conteúdo e desenvolvedores de IA. Artistas e escritores têm expressado preocupações semelhantes, afirmando que suas obras foram utilizadas sem permissão para treinar modelos de IA. Eles argumentam que esses sistemas podem acabar competindo com os humanos que criaram o conteúdo original.

As empresas de tecnologia defendem o uso de dados públicos sob a doutrina de “uso justo”, que permite a utilização de material protegido por direitos autorais sob certas condições.

Este caso do NYT pode estabelecer um precedente importante sobre como os direitos autorais se aplicam à era digital e à IA. Enquanto o Escritório de Direitos Autorais dos EUA revisa as implicações da IA, algumas empresas já estão tomando medidas para proteger os criadores, como o acordo entre a Axel Springer e a OpenAI, que paga pelo uso de conteúdo e faz referência às fontes originais.

A doutrina do “uso justo”

“Uso justo” (“Fair use”, em inglês) é um princípio legal nos Estados Unidos que permite o uso limitado de material protegido por direitos autorais sem a necessidade de obter permissão do detentor dos direitos autorais.

Esse princípio é especialmente relevante na era digital e no desenvolvimento de tecnologias como a inteligência artificial. O conceito é aplicado em várias situações, incluindo crítica, comentário, jornalismo, ensino e pesquisa.

A determinação do que constitui uso justo depende de uma análise caso a caso, considerando fatores como:

1. Finalidade e Caráter do Uso: Inclui considerar se o uso é de natureza comercial ou educacional e se é transformador, ou seja, se acrescenta algo novo ou modifica o trabalho original de uma maneira que cria um novo significado ou mensagem.

2. Natureza do Trabalho Protegido por Direitos Autorais: A lei tende a favorecer o uso justo de trabalhos publicados não fictícios em comparação com trabalhos de ficção ou obras de arte.

3. Quantidade e Essência da Parte Utilizada: Quanto mais essencial a parte do trabalho protegido por direitos autorais é usada, menos provável que o uso seja considerado justo. O uso de pequenas quantidades de um trabalho pode ser mais propenso a ser considerado justo.

4. Efeito do Uso no Mercado Potencial: Isso se refere ao impacto que o uso do trabalho protegido por direitos autorais tem no mercado atual ou potencial para o trabalho original. Se o uso concorre diretamente com o trabalho original ou tem um impacto negativo significativo em seu mercado, é menos provável que seja considerado justo.

Em casos como o processo do “New York Times” contra a OpenAI e a Microsoft, a questão do uso justo surge em relação a se alimentação de modelos de IA com conteúdo protegido por direitos autorais para criar algo novo (como respostas de chatbot ou conteúdo gerado por IA) se enquadra nesse princípio.

As empresas de tecnologia argumentam que tal uso é transformador e se enquadra no uso justo, enquanto os detentores dos direitos autorais contestam essa visão, alegando violação de seus direitos.

Veja o Papo Antagonista especial sobre Inteligência Artificial: https://www.youtube.com/live/d0s5E5Bv1pE

 

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