Netanyahu sinaliza cessar-fogo com o Hezbollah
"Se o Hezbollah violar o acordo, atacaremos", afirmou o primeiro-ministro de Israel em discurso televisionado
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira, 26, que irá encaminhar o acordo de cessar-fogo no Líbano a todo o gabinete.
“Levarei ao gabinete um esboço de cessar-fogo com o Líbano”, disse Netanyahu em discurso televisionado, sem entrar em detalhes sobre a duração do acordo.
“Se o Hezbollah violar o acordo e tentar se rearmar, nós atacaremos”, acrescentou. “Se tentar reconstruir a infraestrutura terrorista perto da fronteira, nós atacaremos. Se disparar um foguete, se cavar um túnel, se trouxer um caminhão com mísseis, nós atacaremos.”
“A cada violação, responderemos com força”, continuou. “Um bom acordo é aquele que é aplicado, e nós o aplicaremos.”
Por que Netanyahu está disposto a aceitar o cessar-fogo?
Segundo o primeiro-ministro israelense, há três motivos para Israel aceitar o cessar-fogo: focar na ameaça iraniana, permitir que as tropas descansem e reabasteçam os estoques de armas e isolar o Hamas.
“Com o Hezbollah fora de cena, o Hamas fica sozinho na campanha. Nossa pressão vai aumentar”, afirmou, alegando que a decisão permitirá a Israel levar os reféns de volta para casa.
Sem mencionar o governo Biden, Netanyahu disse que “houve atrasos, e grandes atrasos, em remessas de armas”.
“E esse atraso será liberado em breve”, acrescentou, insinuando o retorno de Donald Trump à Casa Branca.
O que os EUA esperam de um cessar-fogo no Líbano?
Mais cedo, ao participar de uma reunião com o G7, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o acordo de cessar-fogo no Líbano seria importante para garantir o fim da guerra em Gaza.
“Uma das coisas que o Hamas buscou desde o primeiro dia foi colocar outros na luta, criar múltiplas frentes. E enquanto [o Hamas] pensou que isso era possível, essa é uma das razões pelas quais se conteve em fazer o que era necessário para acabar com o conflito”, afirmou.
“Se vir que a cavalaria não está a caminho, isso pode incentivá-lo a fazer o que for preciso para acabar com este conflito”, completou.
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