O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enfrenta forte pressão política pelo fim da trégua e retomada dos combates contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Membros do governo pedem publicamente o fim do cessar-fogo, enquanto autoridades dos EUA e Catar querem estender a pausa por mais tempo. Um acordo de última hora firmado nesta quinta-feira, 30, estendeu a trégua por mais um dia.

A suspensão temporária dos combates possibilitou a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, mas organizações internacionais, EUA e Catar defendem um acordo mais longo, para a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, negocia a extensão da pausa por mais tempo.

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, chamou a negociação de “acordos com o diabo” e ameaçou a dissolução do governo de coalizão caso a guerra seja mesmo interrompida por mais tempo. Seu partido foi contra o acordo e defende a vitória militar total contra o Hamas como caminho para a paz.

Em sua conta no X, ex-Twitter, Ben-Gvir disse:

“Por um lado, o Hamas assina um cessar-fogo, e por outro, envia terroristas para assassinar judeus em Jerusalém. Isso não é um cessar-fogo, mas a continuação da estratégia de contenção e submissão.

Devemos parar os acordos com o diabo e retornar imediatamente à luta com força extrema para alcançar o objetivo supremo da guerra: a destruição total do Hamas, incluindo todos os seus afiliados.”

ביד אחת חמאס חותם על הפסקת אש, וביד אחרת הוא שולח מחבלים לרצוח יהודים בירושלים. זו לא הפסקת אש, אלא המשך הקונספציה של הכלה וכניעה. חייבים לחדול את העסקאות עם השטן, ולחזור באופן מיידי ללחימה בעוצמה אדירה על מנת להשיג את המטרה העליונה של המלחמה: השמדת חמאס באופן מוחלט, על כל…

— איתמר בן גביר (@itamarbengvir) November 30, 2023

Nesta quinta, um atentado terrorista de dois homens ligados ao Hamas deixou três mortos e diversos feridos em Jerusalém.