Nadadora israelense conquista medalha e é vaiada no Qatar
Anastasia Gorbenko recebe vaias após levar a prata no Campeonato Mundial de Doha
Neste domingo, 18, a nadadora israelense Anastasia Gorbenko enfrentou uma plateia antissemita no Qatar após ganhar a medalha de prata nos 400 metros medley individual, no Campeonato Mundial de Doha.
Apesar das vaias intensas da plateia durante a sua entrevista após a prova e na cerimônia de premiação, Gorbenko se mostrou resiliente e orgulhosa de representar seu país.
“Estou muito feliz por estar aqui e representar meu país neste momento difícil. Estar aqui com a bandeira de Israel significa muito para mim e para meu país”, disse a nadadora enquanto era recebida com uma chuva de vaias.
A simples presença de nadadores israelenses no campeonato atraiu críticas de alguns veículos da imprensa árabe e grupos “pró-palestinos”. Enquanto Qatar participa na mediação de um acordo para a libertação de reféns entre Israel e Hamas, é importante notar que o país é um dos principais apoiadores do Hamas e não mantém laços diplomáticos com Israel.
O Qatar permitiu a entrada de israelenses no país durante a Copa do Mundo da FIFA em 2022, recomendando, contudo, que minimizassem sua identidade israelense durante a estadia.
A segurança se tornou uma preocupação primordial, especialmente à medida que os Jogos Olímpicos de Paris 2024 se aproximam. Yael Arad, presidente do Comitê Olímpico de Israel, expressou preocupações sobre os requisitos de segurança únicos para os atletas israelenses.
Esporte e antissemitismo.
No início de fevereiro, a seleção feminina de basquete da Irlanda optou por não cumprimentar a equipe de Israel em um jogo de qualificação para o EuroBasket, em Riga, Letônia. A decisão veio como resposta às declarações de Dor Saar, jogadora israelense, que acusou a equipe irlandesa de antissemitismo.
A confederação de basquete irlandesa repudiou as alegações, classificando como “inflamatórias e totalmente imprecisas”. A reação irlandesa foi criticada por Sharon Ducker, técnico de Israel.
Estes incidentes fazem parte de uma tendência mais ampla de antissemitismo crescente em todo o mundo, conforme apontado pelo relatório de antissemitismo de 2023, divulgado pelo Ministério da Diáspora de Israel e a Luta contra o Antissemitismo.
O estudo revelou um aumento de 235% nos incidentes antissemitas globalmente, com um salto significativo nos Estados Unidos e na Europa. A Liga Anti-Difamação (ADL) registrou um aumento de 337% nos incidentes antissemitas nos Estados Unidos nos três meses seguintes ao ataque de 7 de outubro.
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