Musk imagina Ucrânia sem Starlink e Polônia reage
Governo polonês, que paga o serviço de internet para os ucranianos, afirma que pode buscar alternativas caso a empresa de Musk prove ser “não confiável”

A Polônia pode buscar alternativas ao serviço de internet Starlink, fornecido pela SpaceX, caso a empresa de Elon Musk prove ser “não confiável”, afirmou o ministro das Relações Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski, neste domingo, 9.
A declaração foi feita depois de Musk imaginar no X como ficaria a Ucrânia sem o serviço da Starlink, comentando que “toda a linha de frente deles [dos ucranianos] entraria em colapso se eu o desligasse”. (Mais tarde, o bilionário negou ter feito uma ameaça.)
O ministro polonês escreveu na rede social que o governo de seu país paga cerca de US$ 50 milhões anuais pelos serviços da Starlink à Ucrânia, por meio do Ministério da Digitalização polonês.
Sikorski alertou que, se a SpaceX não mantiver a confiabilidade necessária, a Polônia será forçada a procurar outros fornecedores para apoiar a Ucrânia.
Especulações sobre a substituição da Starlink pela operadora de satélite franco-britânica Eutelsat fizeram as ações da empresa dispararem.
As palavras de Elon Musk
Elon Musk também manifestou frustração com a continuidade da guerra, dizendo que a Ucrânia inevitavelmente perderá o conflito.
O dono do X ainda sugeriu que a guerra poderia terminar imediatamente caso sanções fossem impostas aos oligarcas ucranianos mais ricos.
“O que me deixa enojado são anos de matança em um impasse que a Ucrânia inevitavelmente perderá”, escreveu.
A declaração de Musk ocorre em meio a uma crescente pressão dos EUA sobre a Ucrânia, incluindo a redução do compartilhamento de inteligência e a revogação de parte do acesso às imagens de satélite.
Chantagem
Recentemente, os EUA decidiram encerrar o canal de comunicação que permitia o repasse de dados estratégicos à Ucrânia.
A suspensão do auxílio militar pelos EUA foi acompanhada pela interrupção da transferência de informações confidenciais vitais para o país.
John Brennan, ex-diretor da CIA, qualificou a interrupção do fornecimento de informações como uma forma de chantagem e advertiu sobre as consequências devastadoras dessa decisão.
Em suas palavras, esta situação é sem precedentes em seus quase 35 anos de experiência na área de inteligência.
Brennan afirmou que essa condição poderia ser desastrosa no campo de batalha se mantida por muito tempo e ressaltou que a Europa não conseguiria compensar a perda dessas informações vitais.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (3)
Correiosweb
10.03.2025 19:39Já vi de tudo nesta vida, mas nem nos meus maiores pesadelos imaginei que um presidente dos Estados Unidos da Américas fosse apoiar Putin.
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
09.03.2025 18:39EUA aliado da Rússia de Putin, quem diria?
Clayton De Souza pontes
09.03.2025 16:05É melhor a Europa buscar se garantir sem os EUA. Essa insegurança é fatal