Mudanças Climáticas: G7 é inútil, dizem especialistas e ativistas
Grupo que do qual fazem parte algumas das nações mais influentes e poderosas do mundo é acusado de inação face à emergência climática.
Na recente cúpula do G7 realizada na cidade de Apúlia, na Itália, esperava-se que os líderes do grupo que incluem algumas das nações mais influentes e poderosas do mundo, apresentassem novas e vigorosas medidas no combate às mudanças climáticas.
Contudo, segundo avaliações de especialistas e ativistas, os resultados deixaram muito a desejar. O anúncio final manteve apenas os já conhecidos compromissos, sem apresentar avanços significativos.
A cúpula, que contou com a participação dos governantes das sete democracias mais ricas e influentes do planeta, era vista como uma oportunidade de ouro para a tomada de decisões impactantes frente aos crescentes desafios ambientais globais.
Em vez disso, a reiteração de metas ambientais pré-estabelecidas coloca em questionamento a eficácia e a urgência com que tais questões estão sendo tratadas por essas nações.
O que foi reafirmado na cúpula do G7 sobre as mudanças climáticas
Durante o encontro, os líderes reafirmaram a decisão, tomada anteriormente pelos seus ministros de Meio Ambiente, de eliminar gradualmente as usinas de energia a carvão, que não possuem sistemas de captura de carbono, até o ano de 2035.
Esta medida faz parte de um esforço mais amplo para cessar o uso de combustíveis fósseis, considerados grandes vilões no cenário das emissões de gases do efeito estufa.
Medidas são consideradas insuficientes
A especialista em política climática do Greenpeace, Tracy Carty, considera que, apesar do plano existente para abandonar gradativamente o carbono, as atuais medidas não são suficientes para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5 grau Celsius.
O enfoque dado pelos países do G7 está sendo visto como tardio e insuficiente frente à urgência que a crise climática demanda.
Manifestações e declarações sobre o clima
A margem de debates e críticas não ficou restrita apenas aos gabinetes e salas de conferência.
Do lado de fora, manifestantes realizavam protestos, vestindo camisetas com imagens representativas de desastres ambientais.
A preocupação deles é que esses mínimos compromissos são estabelecidos sem a garantia de um futuro sustentável.
A líder italiana, Giorgia Meloni, expressou sua visão de que o combate às mudanças climáticas deve ocorrer ‘sem uma abordagem ideológica’, o que muitos interpretam como uma reação passiva perante as necessidades imediatas do ambiente.
Essa falta de progresso na cúpula do G7 é um claro exemplo de como promessas climáticas podem acabar sendo apenas palavras ao vento, sem resultados efetivos.
Os próximos passos desse grupo de nações serão observados de perto, não apenas pelos seus cidadãos, mas por todo o mundo que anseia por mudanças significativas e reais no cenário ambiental global.
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