Horas depois de concordar com a interrupção de bombardeios no Mar Negro, a Rússia, do ditador Vladimir Putin, lançou na terça-feira, 25, um ataque com 117 drones contra o território da Ucrânia.

Para o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, fazer ataques em larga escala após negociações de cessar-fogo é “um sinal claro para o mundo inteiro de que Moscou não vai buscar a paz real”.

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“Ontem à noite, havia mais 117 provas em nossos céus de como a Rússia continua prolongando esta guerra – 117 drones de ataque, a maioria deles Shaheds. Um número significativo foi abatido por nossos defensores aéreos.

Dnipro, Sumy, Cherkasy e outras regiões foram atacadas pela Rússia. Houve um ataque massivo de drones em Kryvyi Rih – visando uma empresa local e infraestrutura civil. Em Okhtyrka, região de Sumy, casas, lojas e infraestrutura civil foram danificadas. Comunidades nas regiões de Donetsk, Kharkiv e Zaporizhzhia também foram atacadas.

Todos os que foram afetados devem receber assistência. Mas também deve haver pressão clara e ação forte do mundo sobre a Rússia – mais pressão, mais sanções dos Estados Unidos – para parar os ataques russos.

Lançar ataques em larga escala após as negociações de cessar-fogo é um sinal claro para o mundo inteiro de que Moscou não vai buscar a paz real. Desde 11 de março, houve uma proposta dos EUA para um cessar-fogo total, uma parada completa dos ataques. E literalmente todas as noites, por meio de seus ataques, a Rússia continua dizendo ‘não’ à proposta de paz de nossos parceiros”, escreveu Zelensky no X.

As condições de Putin

A Casa Branca confirmou que a Ucrânia e a Rússia concordaram em proteger a navegação no Mar Negro e proibir o uso da força militar contra embarcações comerciais.

Além disso, o governo americano atendeu o pedido de Moscou para “restaurar o acesso da Rússia ao mercado mundial de exportações agrícolas e de fertilizantes”.

Apesar de confirmar o acordo, o Kremlin disse que honraria os termos firmados somente após o banco agrícola estatal ser reconectado ao sistema de pagamento internacional, cuja empresa foi punida após a Rússia invadir a Ucrânia em 2022.