Milei relata pedido de desculpas ao papa Francisco
Apesar do histórico de críticas, Milei elogiou Francisco após sua morte e o chamou de "o argentino mais importante da história"

O presidente da Argentina, Javier Milei (foto), afirmou que pediu desculpas ao papa Francisco durante encontro no Vaticano em fevereiro de 2024. Segundo ele, o pontífice respondeu que as críticas faziam parte dos “erros de juventude”. A declaração foi dada ao jornal argentino Clarín.
As críticas de Milei a Francisco voltaram a repercutir após a morte do papa, na última segunda-feira, 21, no Vaticano. Usuários do X resgataram antigas declarações de Milei, em que chamava o papa de “representante do maligno na Terra” e de “imbecil”.
Em Roma para o funeral de Francisco, Milei comentou a aproximação entre os dois.
“Sim, claro que pedi desculpas a ele. E ele me disse: ‘Não esquenta, são erros de juventude'”, relatou. O presidente acrescentou que o papa teria ainda afirmado: “Quando somos jovens, todos fazemos coisas estúpidas”.
Durante a entrevista, Milei descreveu o encontro com Francisco como “divertido”. Ele contou que apresentou o rabino Axel Wahnish, seu “guia espiritual” e atual embaixador argentino em Israel, ao papa.
“Naquela época eu vim de Israel e o apresentei ao meu rabino. Foi muito engraçado porque Axel disse ao papa Francisco: ‘Bem, olha, eu o trouxe de volta’, e o papa disse: ‘Não, fique com ele'”, afirmou.
“O argentino mais importante da história”
Apesar do histórico de críticas, Milei elogiou Francisco após sua morte e o chamou de “o argentino mais importante da história”.
“É uma perda enorme para os argentinos. Algo fizemos de errado porque ele nunca quis vir à Argentina”, disse. “A perda de um ser humano sempre é dolorosíssima. É doloroso que tenha partido o argentino mais importante da história”, acrescentou.
O presidente também afirmou que o papa era “o líder espiritual de cerca de 2 bilhões de seres humanos” e “muito maior do que você pode imaginar”.
Milei esteve na primeira fila do funeral, realizado neste sábado, 26, na Basílica de São Pedro, em Roma. Ele foi criticado nas redes sociais por ter se atrasado para a cerimônia e por não ter visto o corpo de Francisco antes do fechamento do caixão. Ao comentar as críticas, reagiu: “Foram feitas por imbecis com baixo QI”.
O presidente explicou ainda que a delegação argentina aproveitou a viagem para encontros com membros do governo italiano.
“Teremos reuniões paralelas com vários membros do governo italiano, aproveitaremos isso porque o avião não pode sair instantaneamente. Não sei se haverá uma reunião bilateral com Meloni. Concordamos em ter uma reunião com ela após o término da cerimônia de vigília.”
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