A Inglaterra revive o horror: Sarah Davey, condenada ainda na adolescência por um dos crimes mais bárbaros do país, está livre novamente. Em 1999, aos 14 anos, Davey e uma amiga assassinaram Lily Lilley, uma senhora de 71 anos, em um ato de crueldade que chocou a nação. O crime ocorreu em Failsworth, Grande Manchester, e a brutalidade empregada impressionou a polícia até para os padrões de violência já conhecidos.

Davey e sua cúmplice não apenas espancaram e torturaram Lilley, mas a humilharam até a morte. Depois de ser sufocada com um pano que jogou sua dentadura garganta abaixo, o corpo da idosa foi descartado em um cesto de lixo e despejado em um canal, após ser exibido em uma macabra procissão pelas ruas. Essa selvageria foi seguida por uma invasão à casa da vítima, onde as jovens usaram seu telefone e dinheiro para comprar chocolates e batatas fritas.

A libertação de Davey, agora na casa dos trinta, após várias violações de condicional desde 2013, reacende na Inglaterra um debate sobre o sistema de justiça juvenil e a natureza da punição. Críticos, incluindo o deputado Nigel Mills, expressam desgosto e indignação, classificando o crime como “verdadeiramente maligno” e a libertação como uma zombaria da justiça.

O psiquiatra forense e escritor britânico Theodore Dalrymple ressalta a gravidade de tais casos: “Este tipo de barbárie entre jovens não só reflete uma falha na moralidade intrínseca, mas uma erosão alarmante no tecido social que deveria guiar os jovens a um comportamento civilizado. A liberalidade com que tratamos criminosos notórios sugere uma perplexidade moral que só serve para perpetuar tais atrocidades.”