O Papa Francisco enfrentou um período crítico de saúde durante sua internação em Roma, devido a uma grave pneumonia. A situação chegou a um ponto em que os médicos consideraram interromper o tratamento. A decisão de continuar com um tratamento intensivo foi tomada, levando a uma recuperação bem-sucedida.

Em entrevista ao jornal italiano Corriere Della Serra, o chefe da equipe médica, Sergio Alfieri, revelou que o estado do pontífice chegou a um nível crítico. A equipe médica teve que decidir entre interromper o tratamento ou intensificá-lo, correndo o risco de danos a outros órgãos. A decisão foi tentar de tudo para salvar o Papa, e o tratamento intensivo foi eficaz.

Quais foram os momentos mais críticos?

Durante a internação, houve dois momentos críticos em que a saúde do Papa Francisco piorou significativamente. O primeiro ocorreu quando a equipe médica precisou decidir se continuaria o tratamento. O segundo momento crítico foi quando o Papa broncoaspirou, agravando ainda mais seu estado de saúde.

O chefe da equipe médica destacou que, em ambos os momentos, a situação parecia perdida, mas milagrosamente o Papa conseguiu se recuperar. A determinação da equipe médica e o apoio de pessoas próximas foram fundamentais para superar esses desafios.

“Foi o pior momento. Pela primeira vez vi lágrimas nos olhos de algumas pessoas ao seu redor. Pessoas que, percebi durante esse período de internação, o amam sinceramente, como um pai. Estávamos todos cientes de que a situação havia piorado ainda mais e que havia um risco real de que ele não sobrevivesse”

“Tivemos que escolher entre parar e deixá-lo ir, ou forçá-lo e tentar todos os medicamentos e terapias possíveis, correndo o risco muito alto de danificar outros órgãos. E no final nós tomamos esse caminho. Massimiliano Strappetti [assistente pessoal do papa] disse: ‘Tente de tudo, não desista’. Foi o que todos nós pensamos também. E ninguém desistiu“. 

 “Mesmo quando sua condição piorou, ele estava totalmente consciente. Aquela noite foi terrível. Ele sabia, assim como nós, que talvez não sobrevivesse àquela noite. Vimos que estava sofrendo. Mas desde o primeiro dia ele nos pediu para lhe contar a verdade. Nunca nada foi modificado ou omitido. Ele costuma dizer: ‘Ainda estou vivo’ e, imediatamente, acrescenta: ‘Não se esqueça de viver e manter o bom humor’. Ele tem um corpo cansado, mas a mente é a de um homem de 50 anos”

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Como o Papa Francisco lidou com a situação?

Mesmo em meio à gravidade de sua condição, o Papa Francisco estava plenamente consciente de seu estado de saúde. Ele sempre pediu para ser informado sobre a verdade, sem omissões. Sua atitude positiva e determinação foram notáveis, mesmo diante da possibilidade de não sobreviver.

O Papa frequentemente expressava seu desejo de viver e manter o bom humor, demonstrando uma resiliência admirável. Sua mente permanecia ativa e jovem, apesar do cansaço físico.

Qual foi o desfecho da internação?

Após um tratamento intensivo e desafiador, o Papa Francisco recebeu alta hospitalar em 23 de março de 2025. Ele apareceu na sacada do hospital, acenando para os fiéis que aguardavam ansiosamente por notícias. Agora, ele está em repouso e deve permanecer assim por dois meses antes de retomar suas atividades habituais.

A recuperação do Papa Francisco é um testemunho de sua força e da dedicação da equipe médica. O episódio ressalta a importância de decisões médicas cuidadosas e do apoio emocional em momentos de crise.

O que podemos aprender com essa experiência?

A experiência do Papa Francisco durante sua internação oferece lições valiosas sobre resiliência e a importância de uma abordagem médica abrangente. A decisão de tentar todas as opções disponíveis, mesmo diante de riscos, destaca a complexidade das decisões médicas em situações críticas.

Além disso, a atitude positiva do Papa e sua determinação em enfrentar a adversidade são inspiradoras. Sua recuperação é um lembrete de que, mesmo em momentos difíceis, a esperança e o apoio de uma equipe dedicada podem fazer a diferença.