Maduro impede família de ter contato com militar argentino preso
Namorada de Nahuel Gallo, sequestrado pelas forças do regime chavista, diz não ter informações sobre o estado de saúde

A família do militar argentino Nahuel Agustín Gallo, sequestrado pelas forças do ditador Nicolás Maduro em 8 de dezembro do ano passado, afirma que o regime impediu os policiais de transmitirem informações sobre o seu estado de saúde.
Segundo a namorada do guarda, María Alexandra Gómez, os agentes não permitem a comunicação ou visita a Gallo.
Desde a sua prisão ilegal, o regime de Maduro utilizou o episódio para radicalizar a posição diplomática em relação ao governo argentino de Javier Milei.
As primeiras imagens sobre o militar foram divulgadas apenas em 2 de janeiro, quase um mês após o seu sequestro. A veiculação das fotos e vídeos ocorreu no mesmo dia em que a Argentina denunciou Maduro ao Tribunal Penal Internacional (TPI) pela detenção ilegal.
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Processo contra Nahuel
Segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, o militar foi preso por “tentar entrar irregularmente na Venezuela” e por “fazer parte de um grupo ligado à extrema direita internacional”.
O número 2 de Maduro, Diosdo Cabello, chegou a dizer que Nahuel Gallo foi preso por espionagem.
Desde o dia 8 de dezembro, os familiares de Gallo não tinham sido informados sobre a confirmação da detenção.
Denúncia ao TPI
Em comunicado, o governo argentino classificou o a prisão ilegal do policial como “grave e flagrante violação de direitos humanos”:
“Padrão sistemático de crimes contra a humanidade, que estão sendo cometidos na República Bolivariana da Venezuela“, diz trecho da denúncia.
E seguiu:
“O governo argentino continuará a utilizar todos os recursos legais e diplomáticos para garantir os direitos do cidadão Nahuel Gallo, proteger os direitos humanos e exigir justiça internacional“, concluiu.
Prisão
O regime chavista de prendeu Nahuel Gallo sob acusação de espionagem no dia 8 de dezembro.
De férias, Gallo viajava à Venezuela para visitar a esposa e o filho, que moram no país, e acabou detido pela ditadura.
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