Durante uma cúpula de emergência organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, líderes europeus concordaram em reforçar o apoio à Ucrânia e aumentar o investimento em defesa nesta segunda-feira, 17.

Segundo o chanceler alemão, Olaf Scholz, a Ucrânia não pode aceitar “uma paz imposta” em meio às negociações entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador russo, Vladmir Putin, pelo fim da guerra.

O representante alemão garantiu que Kiev pode contar com o bloco europeu e confirmou o compromisso de aumentar os gastos militares para “pelo menos 2% do PIB“.

Segundo o premiê britânico, Keir Starmer, os EUA são fundamentais para dissuadirem Moscou de futuras ofensivas.

“Precisamos reconhecer a nova era em que estamos, não nos apegarmos irremediavelmente aos confortos do passado. Somente uma paz duradoura na Ucrânia que proteja sua soberania impedirá Putin” de novas agressões”, afirmou.

Na próxima semana, Starmer se reunirá com Trump.

Estiveram presentes no encontro representantes da Espanha, Dinamarca, Polônia, Holanda, Reino Unido, Itália, Alemanha, da OTAN (Organização para o Tratado do Atlântico Norte) e Comissão Europeia.

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Gastos em defesa

De acordo com o relatório “Balanço Militar” do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), os gastos europeus com defesa chegaram a US$ 457 bilhões em 2024.

Foi o décimo primeiro ano de crescimento nos investimentos.

A invasão russa à Crimeia, em 2014, acendeu um sinal de alerta para os países reforçarem o aparato militar.

Assim, os gastos passaram a ser referentes a 2% do PIB das respectivas nações.

“Os orçamentos de defesa em outros países também cresceram significativamente, como na Polônia, que se tornou o 15º maior gastador de defesa globalmente em 2024, acima do 20º lugar em 2022”, diz.