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Legado de Massa para Milei é “desastre deixado pelo peronismo”

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Felipe Moura Brasil
3 minutos de leitura 20.11.2023 09:42 comentários
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Legado de Massa para Milei é “desastre deixado pelo peronismo”

Sergio Massa (foto), ao reconhecer a derrota na eleição argentina na noite de domingo, 19, disse que a responsabilidade agora é de...

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Legado de Massa para Milei é “desastre deixado pelo peronismo”
Foto: Reprodução/X

Sergio Massa (foto), ao reconhecer a derrota na eleição argentina na noite de domingo, 19, disse que a responsabilidade agora é de Javier Milei:

“A partir de amanhã (segunda, 20), a responsabilidade, a tarefa de dar certezas, de transmitir garantias sobre o funcionamento político, social e econômico da Argentina, recai sobre o novo presidente eleito e esperamos que o faça.”

A declaração foi criticada por economistas como uma tentativa do peronismo de se eximir de responsabilidade pelo próprio legado, que ainda pesará contra o governo eleito.

“NÃO!!!”, rebateu o consultor econômico argentino Esteban Domecq no X, antigo Twitter. “O que acontecer nos próximos meses será consequência direta e natural do desastre econômico deixado pelo atual governo. O que eles fizeram é absolutamente irresponsável.”

Ele listou exemplos:

– Déficit Fiscal Primário de 3% do PIB e Total (juros incluídos) superior a 5% do PIB; com tarifas de serviços públicos vencidas; impostos que foram adiantados e muitos itens de gastos que aumentaram nos últimos meses com o Plano Platita. Uma despesa pública gigantesca, ineficiente e deficitária;

– Dívida pública superior a US$ 400 bilhões, em máximo histórico, com Risco País ultrapassando 2.400 pontos base, mercado externo totalmente fechado e mercado interno saturado de dívida interna toda indexada. Sem qualquer tipo de financiamento;

– Inflação mensal de dois dígitos e anual de 140%, com preços relativos completamente distorcidos e uma inércia inflacionária que viaja a uma taxa anualizada de 300%. Uma dinâmica inflacionária semelhante à do Rodrigazo [plano de ajuste anunciado em 4 de junho de 1975 pelo então ministro da Economia da Argentina, Celestino Rodrigo];

– Taxa de juros da política monetária em 133% TNA [Taxa Nominal Anual] (250% TEA [Taxa Efetiva Anual]), com passivos pagos (Leliqs) superiores a US$ 23 bilhões, que crescem mais de US$ 2 bilhões por mês e já ultrapassam 10% do PIB. Um desequilíbrio monetário que não se via desde a década de oitenta;

– Banco Central completamente falido, sem reservas (Reservas Líquidas negativas de US$ 12.000 M), com o mercado cambial todo bloqueado e distorcido, múltiplas taxas de câmbio, gap superior a 150% e a taxa de câmbio oficial fortemente atrasada;

– Balança comercial deficitária, com mais de US$ 55 bilhões em dívidas de importadores com fornecedores estrangeiros (US$ 25 bilhões forçados com SIRAs [Sistema de Importações da República da Argentina] e SIRASEs [Sistema de Importações da República Argentina e Pagamentos de Serviços no Exterior] no último ano) e com atividade em declínio, acumulando doze anos de estagnação estrutural e uma queda de 15% no PIB per capita;

– A pobreza ultrapassa os 40% e está claramente aumentando, com mais de 60% das crianças pobres e a indigência já atingindo 10% da população.

O professor doutor Daniel Lacalle, economista espanhol, comentou a lista de Esteban Domecq como “o desastre deixado pelo peronismo”.

Essa responsabilidade, sim, recai sobre o governo de Alberto Fernández e seu ministro da Economia: o candidato derrotado Sergio Massa.

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