Kamala Harris foge de Netanyahu, mas condena protesto antissemita
Recusa de Kamala Harris em presidir sessão com Netanyahu é vista como desfeita diplomática e aceno para ala antissemita do Partido Democrata
A presumida candidata do Partido Democrata às eleições presidenciais americanas deste ano, a vice-presidente Kamala Harris, condenou o protesto antissemita contra a presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no Congresso americano.
Dentre as manifestações, que se concentraram nos arredores da sede do Legislativo federal americano, havia menções de ameaça a Netanyahu e de simpatia ap grupo terrorista Hamas. Uma pichação dizia: “Hamas está chegando”. Também se queimou a bandeira americana.
Em nota oficial, publicada nesta quinta, 25, Kamala Harris escreveu: “Condeno qualquer indivíduo associado à brutal organização terrorista Hamas, que prometeu aniquilar o Estado de Israel e matar judeus. A pixação e a retórica pró-Hamas são abomináveis e não devemos tolerar isso em nossa nação.
Eu condeno a queima da bandeira americana. Essa bandeira é um símbolo de nossos mais altos ideais como nação e representa a promessa da América. Nunca deve ser profanada dessa maneira.”
Kamala Harris foge de Netanyahu
Kamala Harris recusou o convite para presidir a sessão conjunta do Congresso durante o discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu nesta quarta, 24.
Como vice-presidente, Kamala Harris preside o Senado, assim como as sessões conjuntas do Congresso.
A recusa, interpretada por muitos como uma desfeita diplomática, é também vista como um aceno para a ala mais radical e antissemita do Partido Democrata e de seu eleitorado.
Harris estará em Indianapolis para um evento previamente agendado, mas sua ausência no Congresso durante o discurso de Netanyahu. A decisão gera especulações sobre sua estratégia política, especialmente à medida que ela busca a nomeação presidencial do partido após a saída de Joe Biden da corrida eleitoral.
A recusa de Harris ocorre em um momento em que o Partido Democrata está profundamente dividido sobre a guerra em Gaza. Diversos legisladores esquerdistas planejam boicotar o discurso de Netanyahu. Enquanto isso, os republicanos têm demonstrado forte apoio ao premiê israelense, criticando os democratas por qualquer oposição.
Kamala Harris já ameaçou Israel
A vice-presidente dos Estados Unidos lançou uma advertência direta ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em 26 de março de 2024, sobre os planos de uma ofensiva militar na cidade de Rafah, localizada na Faixa de Gaza.
A declaração, em tom de ameaça, destacou a seriedade com que a administração Biden encarava a situação. Durante uma coletiva de imprensa, Harris enfatizou: “Qualquer grande operação militar em Rafah seria um enorme erro”.
Esta declaração ocorreu após apelos similares do secretário de Estado, Antony Blinken, também rejeitados por Netanyahu. A tensão se agravou com críticas severas de figuras da ala mais radical do Partido Democrata, como a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, que acusou Israel de “genocídio” contra palestinos e destacou a necessidade urgente de reavaliar a assistência militar dos EUA ao país.
Em resposta, Netanyahu manteve sua postura firme, reafirmando a determinação de Israel em seguir com seus planos, independentemente do apoio dos EUA. “Estamos comprometidos com a segurança de nosso país e tomaremos as medidas necessárias para proteger nossos cidadãos”, afirmou o premiê israelense.
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