Justiça italiana pede mais tempo para analisar caso de Zambelli
Defesa pede que ela possa aguardar julgamento de extradição ao Brasil em liberdade
O Tribunal de Apelações da Itália pediu nesta quarta-feira, 27, mais tempo para decidir sobre o pedido da defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para que ela possa aguardar o julgamento de sua extradição ao Brasil em liberdade.
A parlamentar brasileira seguirá pressa até um novo parecer.
A defesa de Zambelli afirmou que os juízes deram um prazo de 24 a 48 horas, a contar a partir do fim da audiência, para proferir uma decisão.
“Eles [juízes italianos] falaram que em breve vão dar o resultado. A expectativa é que ela vá para casa”, disse o advogado Fabio Pagnozzi.
“Carla não oferece nenhum risco de fuga na Itália, até porque ela escolheu o país para enfrentar seus processos”, acrescentou.
Laudo médico
Realizada a pedido da Justiça italiana, a perícia médica de Zambelli mostrou que o estado de saúde da deputada brasileira é compatível com a prisão.
Segundo o Uol, as condições clínicas da deputada não impedem sua permanência no complexo penitenciário de Ribibbia, nos arredores de Roma, nem uma eventual transferência para o Brasil.
A defesa de Zambelli alega que ela sofre uma série de problemas “físicos e psicológicos”, que a impediriam de permanecer no presídio.
A prisão de Zambelli
Zambelli foi presa na terça-feira, 29, em Roma, na Itália. Ela estava foragida após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em publicação no X, o deputado italiano Angelo Bonello afirma ter sido responsável por encaminhar o endereço onde ela estava escondida.
“Carla Zambelli está em um apartamento, em Roma. Forneci o endereço à polícia, neste momento a polícia está identificando Zambelli”, escreveu.
O Ministério da Justiça havia solicitado a extradição da parlamentar. O nome de Zambelli já figurava na lista dos procurados da Interpol.
Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, perda do mandato e ao pagamento de uma multa por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.
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