Residentes e organizações no sul do Líbano que estão perto da infraestrutura da organização terrorista Hezbollah foram ordenados por Israel a evacuar na manhã de segunda-feira, 23 de setembro. Os ataques a estes edifícios são iminentes.

Um porta-voz do exército israelense alertou os residentes do sul, em árabe, para abandonarem as casas onde o Hezbollah esconde armas e a partir das quais coordena os seus ataques a Israel.

Os militares israelitas utilizaram vários canais para apelar às pessoas no Líbano para se manterem afastadas das posições do Hezbollah, de modo a não se colocarem em perigo no caso de ataques iminentes.

Durante a manhã, o exército israelense disse ter como alvo centenas de alvos da milícia Hezbollah no Líbano. Desde a manhã, “mais de 300 alvos do Hezbollah foram atacados”, afirmou em comunicado.

O governo de Beirute relatou 100 mortos e mais de 400 feridos. Estes números não podem ser verificados de forma independente e não fazem distinção entre combatentes do Hezbollah e transeuntes. O Ministério da Saúde libanês ordenou que os hospitais do sul e leste do país cancelassem todas as cirurgias não urgentes.

“Israel não quer guerra”

“Repito e afirmo: Israel não quer a guerra. Mas temos o direito e o dever de defender o nosso povo. O Hezbollah armazena e dispara foguetes de áreas civis. Milhares e milhares de mísseis de longo alcance são armazenados em casas, salas de estar, quartos e cozinhas e depois disparados com a única intenção de matar o nosso povo. Você aceitaria isso na sua casa ou na do seu vizinho? Que nação aceitaria que os seus cidadãos vivessem sob tal ameaça por parte dos seus vizinhos?”, declarou Yitzhak Herzog, presidente de Israel na manhã de segunda-feira, 23 de setembro

Exército do Líbano ainda não interveio

O exército do Líbano ainda não interveio no conflito, mas não impediu o Hezbollah de atacar diariamente Israel. O Hezbollah, que foi criado pelo Irã, opera no Líbano como um Estado dentro do Estado.

Os ataques aéreos israelenses às posições do Hezbollah aumentaram recentemente. Entre outras coisas, a maior parte da liderança remanescente da força de elite do Hezbollah e o seu comandante militar foram mortos.

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