As tropas israelenses que atuam na Cidade de Gaza, ao norte, encontraram componentes usados pelo Hamas para construir mísseis de precisão. Essa era uma capacidade tecnológica que as forças de Israel não imaginavam que o grupo terrorista possuísse e indica orientação do regime iraniano.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), soldados da Brigada Nahal e forças especiais invadiram recentemente uma base do Hamas nos bairros de Daraj e Tuffah, e encontraram um túnel que levava a uma espécie de fábrica subterrânea para fabricação de armas.

Os soldados, segundo as FDI, encontraram “componentes que provam que os terroristas do Hamas aprenderam sob a orientação iraniana como operar e construir componentes de precisão e armas estratégicas”.

As forças israelenses compartilham imagens do que afirmam ser o motor do foguete e a ogiva de um míssil de cruzeiro desenvolvido pelo Hamas.

O que se sabe é que o Hamas possui mísseis guiados antitanque e drones explosivos pequenos – usados a curto alcance – além de submarinos autônomos carregados de explosivos improvisados, ou drones subaquáticos. O que não se sabia é que possuisse também mísseis guiados de longo alcance.

O grupo terrorista também possui mísseis antiaéreos,  que são disparados apoiados no ombro.

Não está claro se o Hamas já utilizou os seus mísseis teleguiados ou se a arma estava apenas em fase de desenvolvimento.

Desde o massacre de 7 de outubro, Israel e Estados Unidos têm denunciado o Irã como o grande financiador do terrorismo no Oriente Médio. Grupos apoiados por Teerã, como o Hezbollah, no Líbano, e os Houthis, no Iêmen, têm direcionado ataques contra o território israelense, forçando as tropas de Israel a se dividirem em várias frentes.

Para dissuadir o Irã de tirar vantagem do conflito entre Israel e Hamas, as Forças Armadas americanas enviaram à região um submarino da classe Ohio, capaz de transportar 154 mísseis de cruzeiro Tomahawk, cujo alcance supera 1.500 quilômetros, e dois porta-aviões.

Como mostrou O Antagonista, o Hamas não esconde ter sido financiado por Teerã.