“Tivemos uma sorte extraordinária até agora. Mas a sorte não é estratégia nem escudo para impedir que as tensões geopolíticas degenerem em conflito nuclear”, disse Guterres.

“Hoje, a humanidade está a um equívoco, a um erro de cálculo da aniquilação nuclear”, acrescentou.

Em vigor desde 1970, o TNP restringe o acesso a armas nucleares entre seus 191 países signatários.

O tratado determina que apenas cinco governos nacionais podem manter armas nucleares. Trata-se dos governos de  EUA, Rússia, Reino Unido, França e China.

Em seu discurso nesta segunda-feira, Guterres ainda afirmou que “eliminar as armas nucleares é a única garantia de que nunca serão utilizadas”.

O secretário-geral citou, como motivo de preocupação, o avanço da invasão da potência nuclear Rússia à Ucrânia, iniciado em fevereiro deste ano.

Ele também mencionou crises no Oriente Médio e na Península da Coreia, em alusão a Irã e Coreia do Norte.

Há anos, os regimes autocráticos de ambos países desenvolvem tecnologia para fabricar, por conta própria, armas nucleares. Não há provas de sucesso de nenhum dos dois até o momento.