Hamas rejeita acordo, e Israel retira negociadores do Catar
Segundo o jornal Times of Israel, uma equipe da Mossad, o serviço de inteligência estrangeira israelense, permaneceu em Doha para dar continuidade às negociações
O Hamas rejeitou nesta segunda-feira, 25, um acordo proposto pelo governo dos Estados Unidos para a libertação de 40 reféns em troca de prisioneiros palestinos. Em resposta, o governo de Israel ordenou nesta terça, 26, o retorno de seus negociadores que estavam no Catar há oito dias.
Segundo o jornal Times of Israel, uma equipe da Mossad, o serviço de inteligência estrangeira israelense, permaneceu em Doha para dar continuidade às negociações.
Sem fornecer detalhes, Majed al-Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, afirmou que as negociações seguem em andamento e que a entrada e saída de delegações é um “movimento natural”.
“Algumas das delegações negociadoras sobre a situação em Gaza ainda estão em Doha, e a entrada e saída de delegações é um movimento natural no âmbito do processo de negociação, e não notamos quaisquer efeitos negativos da recente resolução do Conselho de Segurança sobre a condução dos processos de negociação e mediação.”
A falta de interesse do Hamas em negociar
Horas após o Conselho de Segurança da ONU exigir um cessar-fogo imediato em Gaza durante o Ramadã e a libertação de reféns, o grupo terrorista Hamas informou aos mediadores de um acordo no Catar que manteria a sua posição original em relação a um cessar-fogo permanente, com a retirada das tropas israelenses de Gaza, o regresso dos palestinos deslocados às suas casas e “uma verdadeira troca de prisioneiros”.
“Israel não atenderá às exigências ilusórias do Hamas”
Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o governo israelense não se submeterá às “exigências delirantes do Hamas”.
Eis o comunicado:
“A posição do Hamas demonstra claramente o seu total desinteresse num acordo negociado e atesta os danos causados pela resolução do Conselho de Segurança da ONU.
O Hamas rejeitou mais uma vez uma proposta de compromisso americana e repetiu as suas exigências extremas: a suspensão imediata da guerra, a retirada completa das FDI da Faixa de Gaza, e deixando no lugar a sua administração para que possa repetir, uma e outra vez, o massacre de 7 de outubro, como prometeu fazer. O Hamas rejeitou todas as ofertas de compromisso dos EUA, ao mesmo tempo que celebrava a resolução do Conselho de Segurança.
Israel não atenderá às exigências ilusórias do Hamas. Israel prosseguirá e alcançará os seus objetivos de guerra justa: destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas, libertar todos os reféns e garantir que Gaza não representará uma ameaça para o povo de Israel no futuro.”
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