Hamas dispara mísseis contra Israel no Dia da Independência
Imagens obtidas por O Antagonista mostram rastros de disparos no céu e dezenas de pessoas deitadas no chão — algumas inclinadas sobre crianças, outras com as mãos na cabeça
O grupo terrorista Hamas disparou mísseis sobre Sderot, cidade israelense no distrito Sul, perto da Faixa de Gaza, nesta terça-feira, 14 de maio, Dia da Independência de Israel, quando o povo sai às ruas para celebrar a data da proclamação, feita pelo então primeiro-ministro David Ben-Gurion, em 1948.
Imagens obtidas por O Antagonista mostram rastros de disparos no céu e dezenas de pessoas deitadas no chão — algumas inclinadas sobre crianças, outras com as mãos na cabeça — para se proteger dos mísseis, caso o sistema de defesa aéreo do país falhe na interceptação. Para quem está na rua, a recomendação é deitar imediatamente, porque os estilhaços decorrentes da eventual explosão são impulsionados para cima.
Na região, atacada pelo Hamas com mísseis e foguetes desde 2001, as casas dos kibutzim (plural de kibutz) têm refúgios próprios, com janelas e portas reforçadas, assim como cada ponto de ônibus das ruas locais e da estrada que vem de Tel Aviv tem a seu lado um abrigo de concreto. Nada disso, porém, foi suficiente para impedir a carnificina de 7 de outubro de 2023, porque ambas as formas de proteção foram projetadas para a defesa de moradores e pedestres contra ataques aéreos, não contra terroristas fortemente armados, com granadas e fuzis AK-47.
Sderot
É na cidade de Sderot que vivia o único refém brasileiro do Hamas, Michel Nysembaum, nascido em Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Pai de duas mulheres e avô de seis crianças, ele ficou sabendo do ataque na manhã de 7/10 e saiu de casa para buscar uma das netas, de 4 anos, com o genro, que servia na base de Re’im. Ao entrar na rodovia 232 rumo ao Sul, ele dirigiu por apenas alguns minutos antes de ser raptado. Sua última ligação foi para a polícia, às 7h02. Depois, terroristas atenderam o telefonema de sua filha, gritando “Hamas” e outras palavras em árabe. O carro de Michel e um laptop foram localizados por policiais nos dias subsequentes, quando a rodovia passou a ser conhecida como “estrada da morte”.
Eu, Felipe, participei de encontro com Ayala, sobrinha de Michel, na semana passada, no centro que reúne familiares de reféns, em Israel. Essas e outras imagens constam no filme sobre minha visita ao país, a ser exibido no horário do Papo Antagonista, no YouTube, tão logo finalizada a edição.
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