“Foi um julgamento injusto”, diz Trump após condenação
Em pronunciamento, o republicano pediu a substituição do juiz Juan Merchan, responsável pelo processo no qual foi condenado
Donald Trump pediu nesta sexta-feira, 31, a substituição do juiz Juan Merchan, responsável pelo processo no qual foi condenado na véspera, 30.
“Foi um julgamento injusto, queremos mudança de juiz”, disse o ex-presidente dos Estados Unidos em entrevista coletiva na Trump Tower, em Manhattan.
“Nunca houve um juiz mais conflituoso”, acrescentou Trump. “Estou sob uma ordem de silêncio, uma ordem de silêncio desagradável, onde tive que pagar milhares de dólares em multas e fui ameaçado de prisão.”
Trump também acusou juiz Merchan de “crucificar” as testemunhas de defesa que depuseram no julgamento.
“Vocês viram o que aconteceu com algumas das testemunhas que estavam do nosso lado, elas foram literalmente crucificadas por esse homem.”
Na coletiva, o ex-presidente americano também afirmou que o crime pelo qual foi condenado foi “apenas um delito leve”, alegando que não fez nada de errado.
“Foi uma despesa legal, um pagamento para o meu advogado. E eles estão chamando de fraude contábil”, disse. “O dinheiro que foi pago, foi pago de forma legal, foi apenas um acordo de confidencialidade”.
Trump falou por aproximadamente 30 minutos e não respondeu a perguntas dos jornalistas presentes.
A condenação de Trump
Um júri popular do estado de Nova York condenou nesta quinta, 30, o ex-presidente americano Donald Trump pelo caso do suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels.
Trump foi condenado em todas as 34 acusações criminais por falsificação de registros comerciais.
O ex-presidente, que se declara inocente de todas as acusações, ainda pode recorrer da decisão.
A sentença pela condenação desta quinta está prevista para 11 de julho.
O crime pelo qual Trump foi condenado prevê pena de multa e período de liberdade condicional na maioria dos casos. Segundo a imprensa americana, é improvável que o ex-presidente seja condenado a prisão em regime fechado.
Apesar do ineditismo na condenação de um ex-presidente, o episódio, em si, não impede a campanha presidencial de Trump, que é o favorito à nomeação do Partido Republicano para as eleições de 5 de novembro.
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