Ativistas tentaram invadir a fábrica da Tesla em Grünheide, Alemanha, nessa sexta-feira, 10 de maio. Até agora, uma mulher ficou ferida nos protestos em torno das instalações da fábrica. Há também três policiais feridos. Segundo a polícia, houve diversas prisões.

Uma multidão de anarquistas vestidos de preto invadiu a fábrica Tesla de Elon Musk na Alemanha. O grupo de anarquistas entrou em confronto com a polícia quando invadiu a fábrica de Elon Musk em Brandemburgo.

Imagens mostram manifestantes de extrema esquerda desafiando a polícia e rompendo as linhas policiais antes de chegar à cerca da fábrica da Tesla.

Os radicais militantes ecológicos invadiram os trilhos da ferrovia e entrando em confronto com a polícia enquanto se dirigem para o local. Alguns foram arrastados pelo chão por policiais alemães.
Um dos manifestantes e três policiais ficaram feridos no conflito.

Um porta-voz da polícia descreveu a situação como “dinâmica”, pois estima-se que cerca de 1.200 manifestantes estejam nas instalações da fábrica. O grupo radical aparentemente se dividiu em dois grupos na tentativa de confundir a polícia.Vários manifestantes já foram presos.

No início desta semana, a Tesla anunciou que interromperia a produção na fábrica de Gruenheide por quatro dias devido a protestos, informou o jornal alemão Handelsblatt. O nível de segurança 1 está em vigor na comunidade florestal e lacustre de Grünheide, perto de Berlim, desde quinta-feira.

Manifestantes de toda a Alemanha e Europa reuniram-se no Grünheider Festwiese para protestar contra a fábrica de automóveis.

A Tesla pretende expandir as instalações após a inauguração da fábrica em março de 2022. Manu Hoyer, da iniciativa de cidadania de Grünheide, disse ao Bild: “Vamos influenciar os representantes da comunidade para garantir que isso não aconteça”.

Grupo Vulcão

A polícia teme que o grupo militante de extrema esquerda Vulkangruppe, que declarou guerra a Tesla, possa estar por trás dos ataques. O grupo fez uma postagem dizendo que estava “ansioso por uma semana emocionante de ação” e que havia “muitas oportunidades para atacar empresas como a Tesla”.

O grupo extremista assumiu a responsabilidade por um ataque incendiário na fábrica de Brandemburgo, em março, jurando que em “nenhum Tesla está segura”. O grupo radical acusou a empresa de contaminar a água potável e culpou Musk por “militarizar as estradas” com os carros como “arma”. O texto diz ao final: “Juntos colocaremos Tesla de joelhos”.

O Vulkangruppe, ou “grupo Vulcão”, está no radar de Berlim desde que foi fundado em 2011. As autoridades alemãs listaram-na como uma organização extremista de esquerda, que opera na capital e em Brandemburgo, de acordo com um relatório de 2019. Seu método usual é atingir linhas ferroviárias ou dutos de cabos, linhas de dados e antenas de rádio.

O primeiro ataque contra contra a fábrica foi em 2021 e danificou vários cabos de energia. Na ocasião, o o grupo de extrema-esquerda acusou Tesla de não ser nem verde, ecológico nem social.

Por que Musk é odiado pelos anarquistas?

Enquanto os fãs de Elon Musk se concentram nas suas incríveis conquistas, os seus oponentes tendem a enfatizar um suposto impacto negativo da Tesla no mundo. Em março, o misterioso Grupo Vulkan declarou guerra contra a montadora quando lançou um incêndio criminoso perto da fábrica da Tesla em Berlim.

O grupo extremista prometeu que “nenhum Tesla está seguro” depois de assumir a responsabilidade pelo ataque contra a fábrica. A gigafábrica, a única da Europa da Tesla, foi forçada a interromper a produção devido a uma queda de energia depois que um poste de eletricidade foi incendiado perto do local.

Os radicais desavergonhados são contra o plano de Musk de expandir a fábrica e também acusaram o chefe da Tesla de contaminar a água potável da região. Os eco-malucos também o culparam por “militarizar as estradas” usando os carros como “arma”. Após um ataque no canteiro de obras de Gruenheide em 2021, os ecoterroristas disseram que Tesla não era verde, ecológico nem social.