“Eu perdoo o assassino”, diz católica Erika Kirk em funeral do marido
Cerimônia em Glendale reúne Trump, JD Vance, Marco Rubio e aliados; estádio lota e público estimado passa de 200 mil pessoas
Erika Kirk, viúva do fundador da Turning Point USA Charlie Kirk, afirmou neste domingo, 21, no funeral realizado no State Farm Stadium, em Glendale, Arizona, que perdoa Tyler Robinson, 22 anos.
Vinda de família católica em Scottsdale e formada no colégio Notre Dame Preparatory, Erika citou o Evangelho: “Na cruz, nosso Salvador disse: ‘Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem’. Aquele homem. Aquele jovem. Eu perdoo ele.”
Ao justificar o perdão, disse: “Perdoo porque foi o que Cristo fez, e é o que Charlie faria”.
A viúva abriu sua fala lembrando um dos versículos preferidos de Charlie, Isaías 6,8: “Eis-me aqui, envia-me”.
Erika relatou também o momento em que viu o corpo do marido no hospital de Orem, Utah, descrevendo choque, dor e até um leve sorriso no rosto dele, que interpretou como sinal de que não sofreu.
Segundo a Fox News, ela lembrou ainda de um ritual íntimo: cartas que Charlie escrevia todo sábado, registrando gratidão pela família e perguntando “como posso servir melhor como marido”.
De acordo com o New York Post, o estádio da equipe do Arizona Cardinals, com 73 mil lugares, esgotou horas após a abertura dos portões, e áreas externas também ficaram lotadas, elevando o público estimado para mais de 200 mil.
A cerimônia teve longos momentos de música e oração antes dos discursos de lideranças conservadoras e membros do governo Trump.
O vice-presidente J. D. Vance, católico convertido, afirmou que falou mais sobre Jesus Cristo nas últimas duas semanas do que em toda a sua vida pública.
Declarou que “é melhor enfrentar um atirador do que viver com medo de dizer a verdade” e que “é melhor morrer jovem do que vender a alma por uma vida sem propósito”.
O secretário de Estado Marco Rubio, também católico praticante, destacou o impacto de Kirk sobre jovens e disse que seu trabalho abriu caminho para um “renascimento” no país.
Pete Hegseth, secretário da Guerra, afirmou que Kirk via a disputa cultural como uma batalha espiritual, enquanto Stephen Miller, vice-chefe de gabinete da Casa Branca, declarou que sua morte despertou “uma fúria justa” e proclamou: “Nós somos a tempestade”.
Susie Wiles, chefe de gabinete, definiu Kirk como responsável por construir “o movimento juvenil mais poderoso do nosso tempo”.
Donald Trump Jr. afirmou que a melhor homenagem ao ativista é manter o debate de ideias, sem violência: “Quando tiraram a vida dele, um milhão de Charlies se levantou”.
Ao encerrar a cerimônia, Erika anunciou que assumirá como nova CEO da Turning Point USA. “A missão de Charlie é minha missão”, afirmou.“Tudo o que ele construiu será multiplicado dez vezes pela força de sua memória. Nenhum assassino vai nos impedir de defender esses direitos.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)