O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta (27) na Assembleia Geral da ONU, onde declarou que Israel está “vencendo” a guerra contra o Hezbollah e seus aliados, em meio ao conflito que já dura quase um ano.

“Em 7 de outubro, terroristas invadiram Israel e cometeram atrocidades inimagináveis. Não descansaremos até que todos os reféns sejam trazidos de volta”, afirmou Netanyahu, reforçando seu compromisso com as famílias dos sequestrados. Ele destacou que os ataques ao território israelense são uma afronta inaceitável e prometeu retaliações.

Netanyahu apresentou ao público da ONU dois cenários possíveis para o futuro do Oriente Médio: um marcado pela normalização das relações com os países árabes, e outro de prolongamento do conflito com o Irã e seus aliados. “Israel busca paz, Israel faz paz e Israel fará paz novamente”, disse, enfatizando que a normalização com países árabes, como a Arábia Saudita, seria um golpe decisivo contra as ambições do regime iraniano.

O premiê criticou duramente a complacência da comunidade internacional com o Irã, acusando o país de financiar redes terroristas em cinco continentes. “Por muito tempo, o mundo apaziguou o Irã. Isso precisa acabar agora”, declarou. Ele pediu ao Conselho de Segurança da ONU que atue para evitar que Teerã obtenha armas nucleares, alertando que, caso o Irã ou seus aliados ataquem Israel, “nós atingiremos vocês em qualquer lugar do Oriente Médio”.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também se pronunciou sobre o conflito em seu discurso na ONU, no início da semana. Ele condenou as ações do Hamas e Hezbollah, ressaltando que os EUA não aceitariam ataques similares ao seu próprio território. Biden reiterou o apoio incondicional de Washington ao direito de defesa de Israel, afirmando que “Hamas tem que ir embora” e que o fim do conflito depende da rendição e desarmamento do grupo.

Netanyahu concluiu sua fala com um recado direto ao Irã: “A tocha de Israel brilhará para sempre. Am Yisrael Chai”, reafirmando a determinação israelense de continuar a defender seu povo.