Espanha vive protestos por enchentes mortais em Valência Espanha vive protestos por enchentes mortais em Valência
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Espanha vive protestos por enchentes mortais em Valência

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 10.11.2024 09:29 comentários
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Espanha vive protestos por enchentes mortais em Valência

Valência, na Espanha, tornou-se o centro de intensos protestos após enchentes devastadoras causarem mais de 220 mortes.

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Espanha vive protestos por enchentes mortais em Valência
Reprodução/X/@victoranicio

No sábado, dia 9, a cidade de Valência, situada no leste da Espanha, foi cenário de acirrados confrontos entre manifestantes e a polícia. Dezenas de milhares foram às ruas em protesto contra a resposta do governo regional às enchentes que resultaram em mais de 220 mortes, exigindo a renúncia do presidente regional, Carlos Mazón. A magnitude das manifestações chamou a atenção tanto a nível nacional quanto internacional, principalmente pelo teor das críticas ao governo local.

As enchentes devastadoras atingiram a região no final de outubro, com muitos considerando a resposta das autoridades como inadequada e lenta. As principais críticas recaem sobre a falta de avisos e medidas eficazes por parte do governo regional, enquanto os rios transbordaram e a inundação causou danos significativos à infraestrutura, culminando em um cenário caótico.

Reação do Governo às Inundações

A reação do governo regional às enchentes vem sendo duramente criticada pelos manifestantes, que acusam Carlos Mazón de negligência. Há relatos de que as autoridades não emitiram alertas tempestivamente, o que poderia ter contribuído para a alta mortalidade e destruição. A situação é agravada por acusações de comunicação falha entre o governo regional e o governo central da Espanha, que tentaram infrutiferamente contatar Mazón durante o auge das inundações.

Carlos Mazón defendeu-se afirmando não ter recebido informações adequadas sobre a gravidade das chuvas a tempo de tomar medidas preventivas. Em contrapartida, o governo espanhol afirma que tentou estabelecer contato com Mazón antes que as inundações alcançassem seu pico.

Evolução dos Protestos em Valência

Os protestos iniciaram por volta das 18h, horário local, com uma multidão tomando as ruas e entoando gritos como “assassinos”. A situação se intensificou próximo à Praça da Câmara Municipal de Valência, onde a polícia usou cassetetes e escudos para conter os manifestantes. Alguns participantes se exaltaram, arremessando objetos nos policiais, gerando relatos de vandalismos em diversos edifícios da cidade.

Cerca de 130 mil pessoas participaram dos protestos, de acordo com informações das autoridades locais, demonstrando a profunda insatisfação da população com a gestão da crise das enchentes.

Próximos Passos para Valência Após as Enchentes

O governo espanhol segue trabalhando para localizar mais de 70 pessoas ainda desaparecidas, mobilizando milhares de soldados e mergulhadores em busca de sobreviventes na costa. Paralelamente, a prefeita de Valência, María José Catalá, apela à calmaria após os protestos, afirmando que a violência e o vandalismo não representam soluções para a crise.

Os passos seguintes envolvem não apenas a busca por desaparecidos, mas também a reconstrução do que foi destruído e a adoção de medidas que previnam futuras tragédias naturais. O ocorrido destaca a necessidade de gestão mais eficaz em resposta a desastres naturais, particularmente em tempos de mudanças climáticas que podem aumentar a frequência e severidade desses eventos.

Os acontecimentos em Valência sublinham a importância da preparação e resposta rápida a catástrofes, visando minimizar perdas humanas e materiais. A lição deixada é dupla: a importância de políticas públicas eficazes e a relevância da fluidez na comunicação entre diferentes níveis do governo.

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