Equador vai às urnas em meio a crise econômica e aumento da violência
Daniel Noboa, que ocupa a presidência há pouco mais de um ano e meio, lidera pesquisas de intenção de voto

Os equatorianos irão às urnas neste domingo, 9, para escolher o novo presidente e renovar o Legislativo. Essa é a terceira eleição presidencial em apenas quatro anos no país, que está em meio a uma grave crise de segurança e econômica.
O cenário atual, que inclui o agravamento da violência e uma crise energética sem precedentes, torna essas eleições de 2025 particularmente importantes.
Daniel Noboa, que ocupa a presidência há pouco mais de um ano e meio, busca a reeleição após assumir o cargo em 2023 em uma eleição marcada pela deposição do ex-presidente Guillermo Lasso. Milionário e herdeiro do setor bananeiro, Noboa tem apostado em políticas rígidas de combate ao crime, com foco na militarização da segurança pública. Seu governo, porém, tem sido marcado por controvérsias, incluindo acusações de autoritarismo e a persistente violência no país.
Sua principal adversária é Luisa González, ex-deputada e aliada do ex-presidente Rafael Correa. Caso eleita, ela seria a primeira mulher a assumir a presidência do Equador.
As pesquisas mais recentes indicam que Noboa lidera as intenções de voto, mas ainda há possibilidade de um segundo turno, especialmente considerando a crescente oposição.
O Equador enfrenta uma crise de segurança histórica, com um aumento expressivo no número de homicídios nos últimos anos, resultado da escalada do narcotráfico. Em 2023, o país registrou o maior índice de homicídios da América Latina.
Também passa por uma grave crise energética, agravada pela seca que afetou as hidrelétricas, causou apagões frequentes e prejudicou a economia.
Campanha
A violência e a crise econômica têm sido temas centrais nas campanhas.
Noboa defende a continuidade das políticas de segurança e a recuperação econômica, enquanto González propõe investimentos em assistência social e penalidades mais severas para criminosos.
O atual presidente tem apoio do setor empresarial e defende políticas duras contra o crime. Ele poderá enfrentar um segundo turno, onde terá como adversária a candidata da esquerda, Luisa González.
Se nenhum candidato obtiver 50% dos votos ou 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais, a disputa terá uma nova eleição em 13 de abril.
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