Equador oferece recompensa por informação de líderes de facções
O Governo do Equador está oferecendo uma recompensa para quem fornecer informações que levem à captura de dois supostos líderes de gangues...
O Governo do Equador está oferecendo uma recompensa para quem fornecer informações que levem à captura de dois supostos líderes de gangues.
José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito e líder de Los Choneros, escapou de uma prisão regional em Guayaquil. Fabricio Colón Pico, também conhecido como Capitán Pico, é apontado como o líder da gangue Los Lobos.
O anúncio foi feito pela polícia equatoriana nesta terça-feira, 10, por meio do perfil oficial no X, antigo Twitter, do Plano de Recompensas 131, do governo equatoriano. A iniciativa visa incentivar a população a colaborar com informações que possam levar à prisão desses criminosos perigosos.
O país viveu um dia violento, marcado por confrontos que resultaram em pelo menos 8 mortes em Guayaquil, segundo as autoridades em uma conferência de imprensa. Além disso, dois policiais foram mortos em Nobol.
Durante os ataques, um grupo armado chegou a invadir temporariamente um canal de televisão na cidade e outros atos violentos foram registrados em diferentes localidades. As autoridades informaram que pelo menos 13 pessoas foram presas em relação aos acontecimentos na TV do Equador e um total de 70 pessoas foram detidas.
A crise teve início na segunda-feira, 8, quando ocorreu a fuga da prisão de Fito.
Para tentar conter o avanço da violência, o governo autorizou a atuação das Forças Armadas nas ruas, em apoio à polícia. As cidades do país registraram invasões, explosões e sequestros. Segundo informações da imprensa equatoriana, oito pessoas morreram em Guayaquil e outras duas em Nobol.
Penitenciárias em todo o país sofreram tentativas de motim, com o sequestro de guardas. Pelo menos sete policiais também foram sequestrados nas cidades de Machala e Quito. Há indícios ainda de que um brasileiro tenha sido sequestrado em Guayaquil.
Foram identificadas 22 facções como organizações terroristas e atores beligerantes não estatais.
As Forças Armadas foram autorizadas a executar operações militares para neutralizar esses grupos criminosos. A ação resultou, até o momento, na detenção de 70 pessoas, na recaptura de 17 presos e na liberação de três policiais que haviam sido sequestrados.
Países da América Latina, como Argentina, Colômbia e Bolívia oferecem ajuda ao Equador para contornar a crise de segurança. O Brasil apenas manifestou solidariedade.
Mais de 7,8 mil homicídios e 220 toneladas de drogas apreendidas apenas em 2023, além de confrontos entre presidiários que resultaram em mais de 460 mortes desde 2021. Os homicídios nas ruas também aumentaram significativamente nos últimos anos.
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