O atual presidente da Rússia, Vladimir Putin, busca sua reeleição na disputa presidencial que ocorre entre os dias 15 de março e 17 de março. No cenário político russo, liderado por Putin desde 1999, sua vitória praticamente garante seu sexto mandato consecutivo. Isso resultará em um marco histórico de 30 anos no poder.

Com a herança do arsenal nuclear da extinta União Soviética, a Rússia possui o maior número de ogivas nucleares do mundo. Essa vasta quantidade de armas nucleares tem capacidade para destruir o mundo várias vezes, segundo a agência Reuters.

Superpotência nuclear

Durante a Guerra Fria, a União Soviética dispunha de aproximadamente 40 mil ogivas nucleares, enquanto os EUA tinham cerca de 30 mil. Atualmente, sob o comando de Putin, a Rússia controla um total de 5.580 ogivas. Desses, 4.380 estão armazenadas para uso em lançadores estratégicos de longo e curto alcance, e outras 1.200 estão “aposentadas”, ou seja, retiradas do arsenal oficial mas, muito provavelmente, ainda mantidas intactas em bunkers.

Quem dá a ordem para o lançamento de uma arma nuclear na Rússia?

A decisão final sobre o uso de armas nucleares na Rússia fica a cargo do presidente Vladimir Putin. Este tem consigo, a todo momento, a conhecida “maleta nuclear”. Esta maleta é uma ferramenta de comunicação avançada que permite ao presidente russo enviar ordens de lançamento de ogivas nucleares diretamente para o comando do Estado-Maior e unidades de comando sobressalentes que detêm códigos nucleares.

Em quais situações armas nucleares seriam usadas?

De acordo com a doutrina nuclear russa publicada em 2020, são consideradas duas situações em que o presidente russo pode considerar usar uma arma nuclear: em resposta a um ataque à Rússia com armas nucleares ou outras formas de destruição em massa, ou em resposta a um ataque realizado com armas convencionais que coloquem em risco a existência do Estado russo.

A Rússia realizará testes nucleares?

Putin já declarou que a Rússia consideraria a realização de um teste de arma nuclear caso os Estados Unidos decidissem fazer o mesmo. Entretanto, desde a queda da União Soviética em 1991, a Rússia pós-soviética não realizou nenhum teste nuclear.

Novas armas nucleares

Segundo a análise da Federação dos Cientistas dos EUA de 2024, além da preocupação com a retórica nuclear de Putin, o arsenal e as operações nucleares russas mudaram pouco. No entanto, a perspectiva a longo prazo pode indicar um aumento no número de ogivas para as forças estratégicas russas.

Em meio a uma série de tensões globais e conflitos inflexíveis com o ocidente, a tão aguardada eleição presidencial russa terá início na sexta-feira, 15 de março, e irá até o domingo, dia 17 de março. Com o avanço de reformas constitucionais, se reeleito, Putin estará apto a concorrer a mais dois mandatos de seis anos, o que poderia estender seu regime até 2036.