Um ataque de drone a maior base militar americana instalada na Síria resultou na morte de pelo menos seis combatentes curdos aliados. As Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança apoiada pelos EUA, que controla boa parte do nordeste sírio, afirmaram que sua academia de comando no campo de petróleo de al-Omar, na província oriental de Deir al-Zour, foi atingida na madrugada da última segunda-feira. As FDS acusam milícias apoiadas pelo Irã de terem lançado o drone a partir de uma área próxima sob controle das forças do governo sírio.

Reivindicação do ataque e resposta americana

Um grupo guarda-chuva de milícias apoiadas pelo Irã reivindicou o ataque à base no domingo. Não houve comentários ou relatos de baixas por parte dos militares dos EUA, que têm cerca de 800 tropas na Síria para combater o grupo Estado Islâmico (EI). Essa é a segunda ocorrência desde que os EUA realizaram ataques contra grupos apoiados pelo Irã no Iraque e na Síria durante o último final de semana, em resposta a um mortífero ataque de drone a uma base na Jordânia.

Contexto do ataque

O FDS — que controla grande parte do nordeste da Síria desde que derrotou o EI lá em 2019, com o apoio de uma coalizão global liderada pelos EUA — afirmou em comunicado que seis de seus “combatentes de comando” foram mortos quando um drone de ataque unidirecional alvejou sua academia de treinamento por volta da meia-noite de segunda-feira. “Milícias apoiadas pelo Irã usaram as áreas controladas pelo regime sírio em Deir al-Zour como base para o ataque terrorista“, alegou.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo de monitoramento sediado no Reino Unido, relatou que sete comandos das FDS foram mortos e 18 ficaram feridos no que caracterizou como sendo o 108º ataque de milícia a bases americanas no país desde meados de outubro.

Pretensão das milícias apoiadas pelo Irã

A Resistência Islâmica no Iraque (IRI) — um grupo guarda-chuva composto por milícias iraquianas que acredita-se serem armadas, treinadas e financiadas pelo Irã — declarou ter realizado um ataque de drone no domingo “contra a base de ocupação dos EUA no campo de petróleo de al-Omar”.

Momento de tensão na região

Diante do aumento das tensões na região, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, está atualmente na Arábia Saudita como parte de uma turnê pelo Oriente Médio, a quinta desde os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro. Blinken visitará o Egito, o Catar, Israel e a Cisjordânia ainda esta semana, pressionando os oficiais a fazer um novo acordo para libertar reféns israelenses e para ajudar a prevenir uma escalada do conflito.