A ditadura russa de Vladimir Putin assinará um acordo de cooperação militar com o regime da Nicarágua antes do fim do ano, segundo o canal Izvestia.

A parceria, aprovada por Moscou em 2024, prevê troca de experiências entre militares, instruções e treinamento militar pelo período de cinco anos. O prazo pode ser renovado.

O acordo, assinado em abril, permite que a Rússia compartilhe experiências adquiridas na guerra da Ucrânia com o exército nicaraguense.

Além disso, fortalece a influência de Putin na América Central, onde o ditador Ortega é o seu maior aliado.

A parceria entre os países é antiga.

Durante o governo sandinista, a Rússia forneceu armas soviéticas às Forças Armadas da Nicarágua.

Em setembro, uma delegação oficial nicaraguense deve ir a Moscou para observar os exercícios militares russos.

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Exército conjugal?

Em março, a Assembleia Nacional da Nicarágua aprovou uma reforma legal para conceder à primeira-dama Rosario Murillo o controle direto do Exército.

A medida consolida o modelo de poder familiar que domina o país há mais de uma década e elimina qualquer contrapeso ao casal presidencial.

Ao modificar o Código de Organização, Jurisdição e Provisão Militar, a reforma estabelece que “o Exército da Nicarágua está sob o comando da Presidência da República como Comandante Supremo”.

A vice-presidência da Nicarágua foi dissolvida em fevereiro de 2025 por uma reforma constitucional.

Desde então, Rosario Murillo foi elevada ao posto de “copresidente”, compartlhando formalmente o comando do país ao lado do marido e ditador Daniel Ortega.