Ditadura cubana tenta obrigar presa política a abortar Ditadura cubana tenta obrigar presa política a abortar
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Ditadura cubana tenta obrigar presa política a abortar

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5 minutos de leitura 21.02.2024 15:09 comentários
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Ditadura cubana tenta obrigar presa política a abortar

Na prisão de Guamajal, em Cuba, Lisdany sente desconforto, vomita muito e não recebe atendimento médico ou medicamentos. Além disso, é privada de comida por 12 horas numa tentativa de conduzir a um aborto induzido.

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Reprodução/X

Lisdany e seu marido tentavam ter um filho há muitos anos. Chegaram a pensar que havia um problema e que talvez não iriam conseguir. Lisdany engravidou, para surpresa dela e do marido, após uma visita conjugal do marido na prisão. Os dois estão muito entusiasmados com a ideia de ter o bebê. Mas na prisão, a Segurança do Estado não pensa o mesmo.

No dia em que fizeram o ultrassom para confirmar um teste de gravidez informal que ela havia feito anteriormente e para o qual alertou as autoridades penitenciárias, o Dr. Frank, do sistema penitenciário, iniciou o processo para que Lisdany fizesse um aborto. A Segurança do Estado, ao mesmo tempo, disse a Lisdany que “ele tinha que retirá-lo”. Lisdany recusou e manteve sua posição em querer ter o bebê.

Na prisão de Guamajal, em Cuba, Lisdany sente desconforto, vomita muito e não recebe atendimento médico ou medicamentos Além disso é privada de comida por 12 horas numa tentativa de conduzir a um aborto induzido.

Perseguição religiosa contra os Yorubás Livres



Durante mais de uma década, com especial intensidade desde fevereiro de 2020, os membros da Associação Yorubá Livre foram sujeitos a prisões arbitrárias, ameaças, ataques físicos, destruição de objetos cerimoniais, vigilância policial, buscas e apreensões e assédio sistemático à sua adesão religiosa.

Muitos membros religiosos da Associação dos Iorubás Livres de Cuba foram detidos e pelo menos sete integrantes estão atualmente em prisão preventiva ou foram condenados por crimes de desacato, resistência, desordem pública e agressão.


Lisdiany Rodríguez Isaac e Lisdany Rodríguez Isaac são paroquianas iorubás, vinculadas à Associação Iorubá Livre de Cuba. Em 17 de julho de 2021, as irmãs foram presas por terem participado de uma manifestação. Ambas as irmãs permaceram em prisão preventiva por meses por meio de uma ordem de privação cautelar de liberdade do Ministério Público, sem intervenção da tutela jurisdicional.

Durante 15 dias após sua prisão, seus parentes não sabiam de seu paradeiro. O Ministério Público acusou as senhoras Rodríguez Isaac de incitar outros cidadãos a aderir aos protestos e as irmãs foram condenadas a 8 anos de prisão com base em crimes de desordem pública, desacato e agressão.

Em busca da solidariedade do feminismo global


El País na Espanha, CNN, Infobae, Libertad Digital, ABC, France 24, NTN24, OK Diario já ecoaram o caso, que deveria chocar o feminismo global.

A ONG Prisoners Defenders enviou a denúncia e todos os seus detalhes ao Gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos na esperança de que o Alto Comissariado se mobilize para salvar a vida do bebé.

Aborto em Cuba

A escritora Wendy Guerra, em seu artigo na CNN, defendeu o direito de lutar pela vida do nascituro e expõe e denuncia o caso de Lisdany Rodríguez Isaac.

Em 1936, Cuba foi o primeiro país da América Latina e do Caribe a descriminalizar o aborto. Desde 1959, o que rodeia o aborto tornou-se extremamente sombrio em Cuba. Como destacou Wendy Guerra no artigo da CNN, “a prática tornou-se quase tão rotineira como extrair um dente”, e de fato Cuba está sempre entre os 5 países com as maiores taxas de aborto do mundo.

O aborto em Cuba tornou-se um meio de contracepção, devido à negligência das autoridades, criando problemas intermináveis, tanto psicologicamente nas mães como na sua capacidade de fertilizar quando estão preparadas para isso, já que as intervenções são grotescas do ponto de vista médico e a violência obstétrica é absolutamente generalizada em Cuba.


Aborto contra a vontade da mãe e infanticídio

O aborto e a morte do recém-nascido em Cuba são realizados em inúmeros casos contra a vontade da mãe.

Vários médicos consultados pelos Prisoners Defenders destacaram algumas das práticas médicas mais comuns em relação ao aborto em Cuba. O que mais choca, e com o qual todos concordam, é que não é incomum que neonatos que nascem com algum tipo de complicação, mesmo corrigível, mas que requer cuidados especiais, sejam levados para um quarto onde suas vidas são tiradas, como política de economia de despesas.

A mãe será informada que nasceu com uma malformação e que não sobreviveu ao processo.

Caso a complicação seja detectada antes do parto o aborto ocorre por coação e engano à mãe, o que implica também a violação da vontade materna.

Num estudo anterior, os Prisoners Defenders demonstraram, com estudos de várias universidades, anuários estatísticos que o regime falsifica as estatísticas médicas de recém-nascidos que morreram devido a abortos tardios em Cuba, uma prática que foi retirada da União Soviética para alterar estatísticas médicas.

Na verdade, Cuba tem nada menos que uma das taxas de aborto mais altas do mundo. Entre as 5 maiores do mundo, pelo menos.

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